JOVENS HISTORIADORES

   

A vida e obra de Alexandre VI

Introdução



Os Borgia são famosos pelos escândalos cometidos e pela falta de escrúpulos de alguns dos seus membros.

Que família se pode gabar de ter no seu seio um papa com casos amorosos com a própria filha e que sustenta um harém no Vaticano? De ter um familiar que mata o seu próprio irmão e que não se contenta com o título de cardeal, querendo ser rei de Itália; e então uma familiar que muda de marido 3 vezes? Sem dúvida algo demasiado para a época!

Não admira pois que chocassem as pessoas da altura, e terem sido alvo de críticas dos apoiantes da nova concepção do mundo - os Humanistas; não faltaram inimigos, que os Borgia não pensaram duas vezes em eliminar.

Contudo incentivaram a criação artística, Alexandre VI encheu a sua corte papal de pintores, escultores e outros artistas, sendo um dos maiores mecenas da cultura do seu tempo.


Este trabalho fala sobre o elemento mais importante desta família: o Papa Alexandre VI, dando igualmente destaque aos seus dois filhos mais famosos: César e Lucrécia.


Escolhi falar sobre esta personalidade pois entre a perfeição que os humanistas atribuíam ao homem, este espantou-me pelo seu carácter perverso e ambição sem limites. Um exemplo perfeito de que fala o excerto de “ O elogio da loucura “, de Erasmo de Roterdão, que podemos encontrar nosso livro de história.






A vida e obra de Alexandre VI


Em 1430 nasce em Jativa, perto de Valência, aquele que anos depois seria conhecido como o mais anti-cristão dos papas, Rodrigo Borgia, mais conhecido na história por Papa Alexandre VI.

Filho de Isabel Borgia e Jofre de Borgia e Doms, Rodrigo nasceu na mais poderosa família da época, pois o papa na altura, Calixto III, pertencia também a esta família, e foi precisamente Calixto que iniciou a subida ao poder de Rodrigo.

Em 1449 vai para Itália estudar direito canónico, na universidade de Bolonha, onde se formou em 1456.

Nesta época era normal que os papas não tivessem vocação para o cargo que ocupavam; a maior parte recebia o título por compra, e pouco se interessavam pelos assuntos papais; eram corruptos, beneficiavam quem pagava, viviam rodeados de luxo nos palácios do Vaticano, vestiam mantos forrados a ouro e pedras preciosas, comiam a melhor comida, tinham belas amantes e tinham exércitos privativos ao seu serviço; em conclusão os papas mais pareciam reis do que “ servidores de Cristo “.

Seriam estes os valores que mais tarde Rodrigo viria a revelar à Europa como Alexandre VI.

O primeiro passo nas escadas que o levaram até ao cargo papal aconteceu em 1458, quando andava por volta dos seus 25 anos; foi então nomeado pelo seu tio, o papa Calixto III, administrador da diocese de Valência (ficando conhecido como cardeal Valentino) e recebeu os episcopados de Maiorca e Cartagena, em Espanha e de Erlau na Húngria, para além de várias ricas abadias com que enriqueceu consideravelmente.

Rodrigo revelou-se ao longo da sua vida como um conquistador nato, seduzindo muitas mulheres, que por vezes lhe davam filhos, que ele sem o mínimo problema reconhecia. Um dos mais famosos casos amorosos de Rodrigo foi protagonizado com Vannoza Catanei, que resultou no nascimento de 4 filhos, entre eles César e Lucrécia Borgia, para além de Geovani e Joffré, todos reconhecidos.

Já possuidor do título de cardeal, esteve durante algum tempo em Portugal como embaixador de Aragão, por ordem de Xisto IV.

Já papa manteria com a rainha D. Leonor, mulher de D. João II, uma grande amizade.

Em 1484, data da morte do papa Xisto IV, tenta sem sucesso comprar o cargo papal, o que só viria a conseguir com a morte do papa seguinte, Inocêncio VIII.

A 11 de Agosto de 1492, finalmente consegue realizar o seu sonho, ser o homem mais poderoso da Europa, tornando-se representante de Deus na terra, por outras palavras recebe o título de papa, isto mesmo apesar de já ser pai de vários filhos; mas isso não era impedimento, pois a Alexandre bastou apenas criar uma série de bulas a reconhecer os filhos e estava o caso resolvido.

Quando assumiu o cargo papal foi sagrado pelo poeta Delfini: “Roma foi grande com César, maior ainda o é com Alexandre/ O primeiro era apenas mortal mas o segundo é um deus”; estava pois demonstrada a expectativa que os romanos depositavam em Alexandre, apenas não sabiam o quão redondamente estavam enganados.

Para provar que não era diferente da maioria dos papas seus antecessores, que tinha a mesma mente corrupta e mesma avidez por poder e dinheiro, vou dar um exemplo que aconteceu logo no primeiro ano do papado: no dia 20 de Setembro de 1492, Alexandre nomeou cerca de 20 cardeais, entre eles César, o seu filho preferido, um parente de uma sua amante Júlia Farnese, de quem teve vários filhos, e o filho de Gabriel de Césarini, irmão do seu genro. Com estas nomeações Alexandre recebeu mais de 100 000 ducados.

Por esta altura, Itália não era um país mas sim um grupo de cidades estado ricas que na sua maioria tinham enriquecido com o comércio. O novo objectivo de Alexandre era unir toda a Itália e transformá-la num reino. Para realizar este objectivo, começou a apropriar-se de faixas de terra, através da extorsão e de outras métodos pouco dignos do supostamente mais santo dos homens. Esta política levou-o naturalmente a arranjar uma serie de inimigos, entre eles os Médicis e os Sforzas.

Em Roma circulavam rumores que Alexandre iria oferecer a César o país da bota, assim que este estivesse unificado.

 

 



César Borgia



César foi o filho querido de Alexandre, partilha com o pai uma gigantesca falta de escrúpulos; era considerado pelos italianos da altura como o maior criminoso de Itália; a sua reputação era tão terrível que os escritores da altura escreviam que César era responsável por cada uma das 4 ou 5 mortes que eram cometidas em Roma em cada noite

Esta estranha personagem que era César, nasceu em Roma no ano de 1475. A sua subida ao poder começou aos 7 anos quando foi sagrado promotor do papado, 10 anos mais tarde foi nomeado bispo de Pamplona sem ter igualmente vocação religiosa; no ano a seguir é nomeado cardeal. Farto da vida de homem religioso, vai abandonar o cargo de cardeal, para seguir a sua verdadeira vocação, as armas. É então nomeado pelo pai comandante de um novo exército papal denominado “Santa Liga”. Este exército, supostamente, servia para combater o avanço dos turcos, mas na verdade não era mais do que uma milícia para conquistar e saquear cidades de Itália, com o intuito de realizar o grande objectivo de sua santidade e do seu filho César. Pouco depois de ter rejeitado o cargo de cardeal, César casa-se com Charlote d’Albert, irmã do rei de Navarra.

César Borgia era a comum personagem renascentista, cheio de valentia e com falta de escrúpulos, que não olhava a meios para conseguir os seus fins, foi, por isso, usado como inspiração por Maquiavel no seu famoso tratado de ciência política “O Principe”.

Por esta altura, Alexandre vai envolver-se num conflito com a França. Em causa estava o reino de Nápoles, dividido entre a França e Aragão, na tentativa de anexação deste reino o papa aliou-se aos seus compatriotas aragoneses. Em resposta Carlos VIII de França desce até Itália com um poderoso exército com que o papa não podia competir. Em 1494 é obrigado a submeter-se a pactos humilhantes, para evitar a derrota total.

Contudo como o último a rir é quem ri melhor, Alexandre, sedento de vingança face à humilhação sofrida, só tem de esperar um ano para pagar a Carlos na mesma moeda; aliando-se a

Espanha, Veneza e Milão vence as tropas francesas na batalha de Fornovo.

Alexandre mal teve tempo de festejar a sua vitória, pois em 1497 é encontrado no rio Tibre o cadáver de Geovanni, o primogénito do papa. O estado do corpo só podia indicar assassínio. Começam então a circular rumores de que César estaria por detrás da morte do irmão; o motivo alegadamente seriam os direitos de primogenitura, que trariam a César ainda mais riquezas e privilégios (vale a pena lembrar que isto não passaram de rumores). Provavelmente nunca saberemos o que realmente aconteceu a Geovanni. Depois da morte do filho Alexandre VI comentou “Morreu pelos meus pecados, mudarei de vida”, contudo tal não veio a acontecer.

A corte papal era nesta altura uma das mais famosas da Europa, faustosos banquetes e intrigas eram os ingredientes mais importantes do Vaticano (aos nossos olhos, estes factos parecem um escândalo, já que o Vaticano deveria ser um local remissão dos pecados e não um antro de prazer, intriga e gula).



 

Lucrécia Borgia


No centro deste cenário estava uma personagem de grande importância, tanto política quanto pessoal - a sua filha Lucrécia.

Lucrécia Borgia era filha de Vannoza Catanei, irmã de sangue de César e conhecida por ser uma das mulheres mais belas e sedutoras da altura, pelo seu voraz apetite sexual e pela sua perícia a envenenar; dizia-se que transportava sempre consigo um anel com um pequeno recipiente, onde guardava uma dose letal de veneno, que utilizava para se livrar dos seus inimigos; isto não era um caso inédito na família, o envenenamento era a forma tradicional de matar, dos Borgias.

Lucrécia para Alexandre VI, não era mais do que um peão no xadrez político do papa, que a usava para selar alianças: o primeiro casamento de Lucrécia aconteceu em 1493, quando ela tinha apenas 13 anos de idade, com Geovanni Sforza. Os Sforzas controlavam o ducado de Milão, e como grandes inimigos de Alexandre o casamento seria uma garantia de tréguas.

Contudo a aliança pouco tempo durou, Geovanni persuadido de que Lucrécia mantinha relações incestuosas com o pai, pediu a anulação do casamento, que acabou mesmo por acontecer.

Em 1500 foi arranjado casamento com Alfonso de Aragão; este segundo casamento foi peculiar pois nesta altura grande parte dos casamentos eram consumados sem que houvesse amor entre marido e mulher; este casamento foi uma rara excepção à regra, pois, assim que pousaram o olhar um no outro, apaixonaram-se perdidamente. O amor que ambos sentiam um pelo outro foi recompensado com um filho; ironicamente o rapaz recebeu o nome de Rodrigo, o nome do seu avô, o homem que usou a sua mãe como um trunfo num jogo de cartas que era a política. Tragicamente o seu casamento com Alfonso chegaria ao fim rapidamente, demasiado rapidamente. Uma noite Alfonso andava pelas ruas do Vaticano quando foi apunhalado por alguns sicários, junto às escadarias da Basílica de S. Pedro. Apesar dos graves ferimentos, conseguiu arrastar-se até casa, onde recebeu imediatamente cuidados médicos.

Um mês depois, quando aparentemente se encontrava fora de perigo, alguém entrou nos aposentos de Alfonso e o estrangulou; Lucrécia sofreu de amor com a morte do seu bem amado.

Tal como já havia acontecido aquando da morte de Geovanni, o culpado pela morte foi César - o motivo? Mais um dos seus esquemas políticos.

O terceiro e último marido de Lucrécia foi Afonso D’Este, duque de Ferrara e de Modena; conta-se que não amava a sua noiva em virtude da sua má fama, mas bastou passar a noite de núpcias para ficar loucamente apaixonado por ela.

Lucrécia Borgia viveu até ao resto da sua vida na corte dos duques de Ferrara, que era frequentada por artistas e intelectuais de renome, como o pintor Tiziano e o poeta Ariosto, autor do épico “Orlando Furioso”, no qual imortalizou Lucrécia, o humanista cardeal Pietro Bembo, de que se contava que partilhava com Lucrécia um amor platónico.

Dedicou a sua vida em Ferrara à caridade aos seus filhos. Morreria de parto em 1519. Está hoje sepultada juntamente com alguns familiares no Mosteiro Corpus Domini, em Ferrara.

Entretanto as maquinações do papa continuavam , em 1498 altura em que Luis XII sobe ao trono de França como sucessor de Carlos VIII, Alexandre aproxima-se da França; um ano depois com a sua ajuda, o papa conquista para o seu filho os territórios da Romanha.


Com a chegada de Colombo às Índias Ocidentais e o estalar do conflito entre os reis católicos e D. João II de Portugal por causa da posse das terras descobertas, Alexandre concede então 3 bulas para pôr fim à tensão Ibérica: bula “inter coetera” e “eximiae devotionis ”, a 3 de Maio de 1493, que concedem a Castela a posse das terras descobertas e igualdade de privilégios em relação a Portugal e a bula “dudum siquidem”, a 26 de Setembro do mesmo ano, que abre caminho a novas descobertas que não estejam sob o domínio de qualquer príncipe cristão.


Para resolver de vez a questão ibéricas, os reis Fernando e Isabel, de Castela e D. João II, de Portugal, reúnem-se em 1494 na pequena cidade de Tordesilhas no norte de Espanha onde se assina o tratado apelidado da cidade onde foi assinado.

 




Segundo o Tratado de Tordesilhas estabelecia-se um meridiano imaginário, situado a 370 léguas de Cabo Verde, que inicialmente e de acordo com a bula “inter coetera” seriam 100 léguas, mas que foram alargadas devido aos protestos do rei de Portugal. De acordo com o Tratado, as terras a Oeste do meridiano pertenceriam a Espanha, e as terras a Este a Portugal, passando a constituir património da Ordem de Cristo. Contudo o tratado seria ratificado por Roma apenas em 1506, por altura do papado de Júlio II. Estava assim instituído o princípio do mare clausum, em que portugueses e espanhóis partilhavam em exclusividade os mares descobertos. Alexandre durante o conflito ibérico demonstrou claramente o seu apoio aos seus compatriotas.

Nos últimos anos do seu papado, a sua reputação era a pior possível; em Roma já se rezava pela sua morte e cientes disso estavam os seus inimigos, que o iriam aproveitar.

Enquanto festeja a união da sua família com a família D’Este, começa a circular pelas cidades Italianas, uma carta anónima em são que descritos os pecados de sua santidade, é exposto o caso amoroso do papa como a sua filha Lucrécia, do qual teria resultado um filho, tornando Alexandre simultaneamente pai e avô. A carta referia ainda a fome do papa pelo luxo, os fatos bordados a ouro e jóias, os esquemas criminosos de César, as orgias à moda turca que o papa e os seus filhos realizavam acompanhados por prostitutas. Na verdade tudo o que circulava na carta já era de conhecimento publico, só que ninguém até então tinha tido coragem de deitar cá para fora!

Um dos poucos que teve coragem para levantar a voz contra o papa foi Jerónimo de Savonarola, conhecido frei dominicano florentino, que o acusava no sermão dominical de ser um anticristo, de não acreditar em Deus, e acusava a igreja de estar repleta de crime e vergonha. Foi excomungado, mas isso não o fez parar; solicitou um concílio contra o papa para o despojar do cargo, mas não teve apoio. Em 1499, Alexandre livra-se definitivamente de Savonarola , mandando-o torturar, enforcar com correntes e queimar.


Ao longo deste trabalho tenho falado apenas dos defeitos do papa, contudo Alexandre VI tem também um lado positivo, apenas completamente sobreposto pelos seus escândalos e boatos. Chegou a altura de falar dos aspectos bons da obra do papa.

Parece algo estranho, mas todas os planos de unificação de Itália, tiveram um bom efeito, reforçaram o domínio político da Igreja sobre os estados pontifícios, muitas vezes postos em causa pelos nobres feudais.


Alexandre foi um dos maiores mecenas da arte do seu tempo; na sua corte protegeu os artistas e escritores. De destacar as pinturas dos apartamentos papais da autoria de Pincturicchio.

Foi também este papa que promoveu escavações arqueológicas na cidade de Roma que puseram a descoberto as estátuas de Neptuno e Apolo, e a organização da universidade de Roma.


Em 1500 convoca um grande jubileu, para comemorar a descoberta da América, sendo pela primeira vez os portões do Vaticano abertos aos peregrinos.

Em 1503, finalmente as preces dos romanos são ouvidas, o papa Alexandre VI, morre! Não há certezas quanto à sua morte; os historiadores pensam que terá morrido de malária, contudo há uma versão mais romanceada da sua morte, que conta que sua santidade teria querido eliminar dois cardeais deitando veneno no vinho da refeição, mas grande ironia, Alexandre e César, que também estava presente, teriam tomado por engano o vinho destinado aos 2 cardeais. Alexandre morreria dias mais tarde de cama com dores agonizantes. César sobreviria, mas com a morte do pai perdera todo o seu poder. Júlio II o despojou de todas as terras e bens de que se tinha apropriado, e foi exilado para Navarra onde morreria em 1507 numa rixa entre agramonteses e beaumonteses.

Alexandre foi de tal forma indigno do cargo, e tão odiado em Itália que os papas seguintes se recusaram a morar nos seus apartamentos.



Assim foi a vida de Rodrigo Bórgia, Alexandre VI, o papa pecador.


Conclusão



Alexandre VI, espanhol de nascimento, pertencia à família Borgia, muito poderosa no seu tempo, pois seu tio era papa.

Era um grande mulherengo, regularmente se envolvia em casos amorosos, que por vezes lhe davam filhos, entre eles de destacar César e Lucrécia.

Já como papa, o seu objectivo era transformar Itália num único reino, em que a sua família reinaria.

Esta política levou-o a acumular inimigos, como os Médicis, os Sforzas e o reino de França.

Eram frequentes as alianças políticas, e aí usava muitas vezes a sua filha Lucrécia, para selar a alinça.

Promoveu a resolução do conflito luso espanhol, por causa das terras descobertas por Colombo, decretando 3 bulas, que promoviam a igualdade de direitos entre Portugal e Espanha. Foi no seu papado que se assinou o Tratado de Tordesilhas.

Apesar da sua má reputação, que envolvia orgias, assassinatos e casos incestuosos, o papa foi um grande patrono das artes.

Morreria em 1503 em circunstâncias obscuras.






Bibliografia



Sites consultados:

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http://www.basille-y.com/historiettes/h7.htm

http://www.geocities.com/andaca/roteiro_o3/ferrera.htm

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http://www.frotaestelar.com.br/tekkercultura/tc6.htm

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http://www.cf3.uol.com.br:8000/jubilaeum/papas_texto.cfm?personagem=Alexandre+VI

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http://redescobrindoobrasil.hpg.ig.com.br/tratadodetordesilhas.htm



Livros consultados

História 8 - Maria Emília Diniz, Adérito Tavares, Arlindo M. Caldeira. Editorial o Livro

História 8 - Eliseu Alves, Eugénia Cunha, Maria Cândida Ferrão, Rui Leandro Maia. Porto Editora

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