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ISABEL I
DE INGLATERRA
INFÂNCIA
Era filha de Henrique VIII e da sua segunda esposa Ana Bolena, nasceu em
1533 ascendeu ao trono em 1558 e morreu em 1603. A sua ascensão ao trono
faz-se após o reinado do seu irmã mais velha Maria Tudor, que havia
tentado restabelecer o catolicismo em Inglaterra, a pesar de ter sido o
seu pai o fundador da nova Igreja Nacional Inglesa o Anglicanismo.
Isabel teve uma infância muito conturbada, como conturbada era a vida
política inglesa do momento, chegando a estar presa e em perigo de
morte.
REINADO – UMA MULHER NA POLÍTICA
O seu reinado durou quarto décadas e meia, e viria a constituir uma dos
mais marcantes períodos da História inglesa. Isso deve-se ao facto de
Isabel ter revelado ao longo do seu reinado uma notável capacidade de
chefia, habilidade diplomática e coragem perante o perigo. Rainha com 25
anos, atraente e muito e muito culta, Isabel soube ao longo do seu
reinado acabar com a disputa entre católicos e protestantes, e
estabelecer boas relações com o parlamento.
Estas suas capacidades são tão mais louváveis quanto era difícil à época
ter que enfrentar as suspeições habituais relativamente a um governo
feminino – que as mulheres se submeteriam aos seus favoritos e seriam
instáveis e irracionais. Isso acontecera em Inglaterra com Maria Tudor,
meia –irmã de Isabel I, a qual na realidade, tinha sido dominada pelo
marido, o Espanhol Filipe II.
Isabel nunca casou mas os seus estratagemas foram múltiplos
materializados nas “Royal Progress” (como em Inglaterra se designavam as
entradas régias), no retrato real amplamente disseminado e no palco mais
reduzido da corte. Mesmo tendo usado um possível casamento real como
expediente diplomático , nunca deixou de ser , para o seu povo , a
Rainha Virgem . vestido com um traje engomado , cheio de enfeites e
carregado de pérolas , o seu corpo era tão inacessível como se estivesse
debaixo de uma armadura. A rainha sabia quão importante a riqueza do seu
vestuário e dos seus acessórios contribuíam para edificar a couraça da
sua protecção .consciente do valor da sua imagem recriou-a sob múltiplas
formas , conseguindo desenhar um estilo próprio para o seu governo .
Assim , a rainha aparecia quando necessário , com uma figura varonil ,
capaz de dar coragem aos seus soldados . Assumia, também ,a figura de um
ícone , numa vantajosa substituição da imagem católica da Virgem Maria.
Aliás o facto do seu aniversário coincidir com a festa da Natividade de
Maria ,sem dúvida ajudava. Como rainha virgem ela podia reclamar-se
senhora , esposa e mãe do povo de Inglaterra e falar aos seus cortesãos
. e ser por eles solicitada, na linguagem do amor.
O reinado de Isabel não se desenrolou sem descontentamentos e oposição,
e a rainha suscitou mexericos sem fim, que alegavam que ela tinha
amantes e filhos ilegítimos, ou, pelo contrario, que teria uma
deformação física. Mas, globalmente, Isabel desenvolveu um estilo de
auto-domínio feminino que sustentou a sua autoridade real no quadro das
concepções hierárquicas do séc. XVI.
CULTURA
Ao longo do seu reinado assistiu-se ao florescimento da cultura homens
como Francis Drake e Walter Raleigh dedicaram-se à exploração geográfica
dos territórios recentemente descobertos. Edmund Spenser, na poesia,
William Shakespeare e Christopher Marlowe, no drama, deixaram-nos obras
do maior valor. Francis Bacon e William Gilbert, entre muitos outros,
dedicaram-se à filosofia e à investigação cientifica.
POLÍTICA EXTERNA
Isabel era inimiga de Filipe II, rei de Espanha, viúvo de sua irmã Maria
Tudor, fazendo um tratado de paz com a França que igualmente combatia a
Espanha. Apoiou os protestantes Holandeses contra Filipe II, quando o
seu líder Guilherme de Orange foi assassinado, mandando um exercito de 6
mil homens lutar contra os Espanhóis que tentavam sufocar a revolta
protestante. Isabel podia contar sempre com os seus melhores homens –
Fracis Drake e John Hawkins. Filipe de Espanha foi, sobretudo
hostilizado por Isabel no mar, derrotando a “Invencível Armada” no mar
do norte em que dos 130 barcos preparados pelos Espanhóis só voltaram a
Espanha 76 (Agosto 1588).
BIBLIOGRAFIA
Dicciopedia 2000, Porto Editora
História das Mulheres “Do Renascimento à Idade Moderna”,
Ed. Círculo dos leitores
Enciclopédia Luso Brasileira
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