|
Luís XIV
Imagem tirada do site: http://www.portaldepoesia.com/
Introdução
Para realizar este trabalho sobre uma personagem histórica da Europa dos
séculos XVI ou XVII eu escolho o rei Luís XIV de França.
Porquê?
O único motivo que me leva a escolher Luís XIV foi a sugestão do meu
professor de História, António Farinha, já que esta personagem, para
mim, até então, era-me desconhecia.
De seguida vou-vos mostrar o resultado de uma pesquisa na Internet e em
enciclopédias sobre a vida e feitos de Luís XIV.
Luís XIV,
O REI-SOL – Vida & Obra
Luís XIV, o Grande, Rei Sol, rei da França de 1643 a 1715, nasceu em 5
de setembro de 1638 em Saint-Germain-en-Laye e faleceu a 1 de setembro
de 1715 em Versailles, símbolo da monarquia absolutista, provocou uma
série de guerras entre 1667 e 1697 a fim de estender as fronteiras da
França para o leste, tomando terras do Sacro Império Germânico, e
depois, de 1701-1714, para assegurar o trono espanhol para seu neto.
Filho de Luís XIII e Ana da Áustria, foi aclamado rei em Maio de 1643,
com apenas quatro anos e oito meses, após a morte de seu pai. A regência
foi assegurada pela rainha viúva, Ana de Áustria, que tinha como
primeiro-ministro o Cardeal Mazarino. Este amigo e tutor de Luís XIV, na
prática, governou a França durante a regência de Ana de Áustria e
preparou o país para aceitar a autoridade absoluta do rei.
A sua infância foi passada ao pé de amas e criados, por cujo descuido
quase morreu afogado numa piscina.
Tinha nove anos quando, em 1648, os nobres e a corte de justiça de
Paris, insatisfeitos, se insurgiram contra o primeiro ministro o Cardeal
Jules Mazarin e contra a Coroa. Começou então uma longa guerra civil,
conhecida como "La Fronde", período em que a família real passou severas
privações e humilhações. Somente em 1653 Mazarin dominou o movimento e
então montou um grande aparato real centralizado no jovem príncipe.
Apesar de coroado Rei em 1643, Luís XIV não diminuiu os poderes de
Mazarin, a quem devia praticamente toda a sua educação e formação
cultural. O rei da França devia ser um soldado e Luís XIV teve lições de
combate num campo de batalha.
Uma velha guerra com a Espanha, iniciada em 1635, estava-se a acabar e
na altura em que acabou beneficiou a França, que passou a ser a primeira
potência europeia. Como certificado de paz entre estas duas nações, Luís
XIV de França, casou com Marie-Thérèse de Áustria, em 1660, mesmo sendo
contra sua própria vontade, pois quem ele na altura amava era Marie
Mancini que era uma sobrinha do Cardeal e Primeiro Ministro Mazarin. Com
base nesta contrariedade Luís XIV escreveu no seu diário: "Exercendo uma
tarefa totalmente divina aqui na terra, precisamos parecer incapazes de
perturbações que possam compromete-la".
Por esta frase citada no diário de Luís XIV pode-se concluir que ele era
considerado e autoconsiderava-se Deus na terra. Como dizia ser Deus na
terra achou que tinha uma missão para com a comunidade católica, a qual
era eliminar todos os homens crentes no Protestantismo. Por isso no
reinado de Luís XIV a França tornou-se numa nação totalmente católica
onde todos os seguidores de outras religiões eram censurados,
perseguidos e mortos.
Imagem tirada do site:
http://www.vidaslusofonas.pt/
Protestantes ardendo na fogueira
Após a morte de Manzarin, em 1661, Luís XIV decidiu governar sozinho.
Apartir desta altura Luís XIV tornou-se num rei absolutista. Luís XIV
tornou-se tão absolutista que até dizia que sobre os domínios franceses
ele tinha mais poder que o próprio Papa. Teve vários ministros para a
realização das suas ordens, dos quais o mais importante foi
Jean-Baptiste Colbert, Marquês de Louvois, que foi seu
superintendente-geral das finanças.
Colbert arranjou uma maneira de governar que anos mais tarde fez com que
França tivesse uma grande acumulação de capital.
Entretendo com os atractivos e o prestígio na corte, o Rei mantinha
debaixo da sua alçada os nobres que haviam antes infligido tanto
sofrimento à sua família, corrompendo-os com favores, entretendo-os com
festas e jogos no palácio, e enviando-os em missões sem propósito e
conferindo-lhes títulos e cargos vazios. Com estas distracções o rei
enfraqueceu a nobreza e, consequentemente enfraqueceu o país. O rei era
considerado como pai da nação e seu protector.
Como aliado da Espanha, invadiu os Países Baixos espanhóis em 1667, que
ele considerava herança de sua mulher espanhola, uma guerra que não foi
fácil e levou-o a admitir ao morrer que havia gostado demasiado de fazer
guerras.
Ao mesmo tempo que governava, o Rei mantinha estonteante a vida de
divertimentos e amores na corte, principalmente um tumultuado romance
com Louise de La Vallière. A amante Madame de La Vallière foi
substituída em 1667 pela Marquesa de Montespan a qual provocou tanto
escândalo e intrigas que em 1680 foi por sua vez substituída por outra,
até então a governante dos filhos ilegítimos do rei, mulher tida por
disciplinada e piedosa, a viuva Madame de Maintenon. O que provocava
mais escândalo á corte era o facto de a rainha e as amantes do rei
viverem todas no mesmo sitio, o que proporcionava encontros nocturnos
mais facilitados ao rei mas também uma enorme tensão sentida quando as
amantes e a rainha se encontravam na mesma sala, havendo por vezes
insultos “educados”.
Em 1682 a sede do governo passou para o palácio de Versailles. No ano
seguinte faleceu a rainha e o rei casou secretamente com Madame de
Maintenon, que ganhou então grande influência política. Luís de facto
necessitava dessa mulher para apoiá-lo nas provações familiares e
políticas que começavam a se delinear.
O Imperador do Sacro Império Germânico havia detido os turcos na
fronteira dos seus domínios e estava livre para enfrentar os franceses.
A política da Inglaterra novamente mudou radicalmente com a Revolução
Gloriosa em 1688, e a subida ao trono de Guilherme de Orange, um
príncipe holandês cujo país havia sofrido com a invasão francesa. Dentro
da própria França os protestantes formavam forte oposição ao rei
católico. A reacção de Luís XIV contra os protestantes foi suspender
seus direitos de culto, que lhes fora garantido anos antes, em 1685,
pelo chamado Édito de Nantes, e passar a perseguí-los com violência.
Muitos deixaram a França passando aos países protestantes vizinhos.
Então a Inglaterra, a Holanda e o Imperador se uniram na Grande Aliança
para fazer guerra a França, um conflito que durou de 1688 a 1697. Apesar
de muitas vitórias, a França perdeu parte dos territórios que havia
antes conquistado.
Novo e sério conflito se seguiu em 1700 quando morreu Carlos II, da
Espanha, abrindo dupla possibilidade de sucessão, tanto pela linhagem do
Imperador germânico Leropoldo I, como também pela descendência de Luís
XIV e sua esposa espanhola. Luís pretendeu o trono para seu neto Filipe,
que depois da vitória francesa, veio a ser Filipe V, de Espanha. Evitou
que o trono espanhol ficasse com o pretendente germânico, o que teria
deixado a França sitiada por países inimigos. A guerra no entanto foi
longa e tão difícil para os franceses, que a França esteve em risco de
falência total. Quem resolveu o problema a França foi Inglaterra, que
retirou o seu apoio ao Imperador Leropoldo I. Posto isto sucederam-se
uma série de vitórias sobre as tropas imperiais na batalha de Denain.
Após esta batalha foram assinados vários tratados de paz e económicos,
em 1714 entre as duas potências. O tratado de Utrecht, Rastat e Baden.
Um ano depois o REI-SOL, Luís XIV morreu, deixando para trás 77 anos de
vida, dos quais 75 passados a governar França.
Aqui Jaz o Luís XIV o Rei do Sol
História do Palácio de Versalhes
A história de Versalhes começou em 1623, quando Luís XIII mandou
construir um pavilhão de caça e um pequeno castelo em pedra e tijolo no
meio de uma coutada, a 30km a sudoeste de Paris. O rei gostou tanto
deste pequeno castelo que decidiu acrescentá-lo.
Quando o seu filho Luís XIV, conheceu o Castelo em 1651, tinha apenas 13
anos, e depois de inúmeras visitas, decidiu pela construção do palácio,
que viria acontecer a partir de 1664.
Em 1669, o arquitecto Louis Le Vau (1612-1670) foi incumbido de
transformar um pavilhão de caça, no maior e mais rico palácio da Europa.
A primeira tarefa foi drenar os enormes pântanos e nivelar as terras
pertencentes ao palácio. Foram necessários cerca de 36000 operários, na
sua maioria mão de obra negra vinda de África. Durante estes trabalhos,
milhares de trabalhadores morreram de febre e pneumonia.
Imagem tirada do site: http://www.gwf.org/
A transformação de
pântano para Palácio
Imagem tirada do site:
http://valefyachts.com/
Le Vau sugeriu inúmeras soluções distintas. Uma requeria a demolição do
antigo Castelo e a substituição por um novo edifício no Estilo Italiano.
A segunda previa a construção de um novo edifício ao lado do existente,
à qual o rei concordou. Adicionalmente foram construídos os apartamentos
reais no primeiro piso, para o Rei (no lado Norte) e para a Rainha (lado
Sul) recepção interior e uma enorme varanda com vista sobre os jardins.
O Castelo de pedra e tijolo foi preservado e posteriormente embelezado
com colunas de mármore, varandas em ferro forjado e ornamentos no
telhado. Outros dois edifícios, cozinhas e estábulos foram anexos ao
conjunto, formando assim o Pátio Real.
As pinturas, tapeçarias, esculturas, e mobiliário foram executados pelos
melhores artistas Italianos e Franceses da época, de entre os quais
destaca-se o jardineiro André Le Nôtre (1613-1700), o pintor Charles Le
Brun (1619-1690) e os escultores François Girardon (1628-1715), Antoine
Coysevox (1640-1720) e Etienne Le Hongre (1628-1690) produziram centenas
de trabalhos para o palácio e Jardins.
Durante 1667 iniciaram-se as escavações para o grande canal. O Rei
preocupado com a falta de água para as fontes, e considerando que a
principal reserva, o Rio Loire, se situava a mais 100 km, decidiu pela
construção de uma enorme máquina hidráulica, que transportaria água a
partir do Rio Sena até ao local. Os parques construídos em redor do
enorme lago artificial, têm cerca de 30 hectares. As centenas de fontes
e quedas de água foram elaboradas a partir de um plano subterrâneo de
reservatórios e aquedutos.
Depois da morte de Le Vau, Jules Hardouin Mansart (1646-1708) tornou-se
no arquitecto oficial do Rei, e este último ocupou-o de redesenhar e
acrescentar o Palácio de Versailles. Partindo dos planos de Le Vau,
construiu a Galeria dos Espelhos, O Laranjal, o Grande Trianon e as alas
Norte e Sul do Palácio. Quando morreu, em 1708, encontrava-se a
trabalhar na construção da Capela Real.
A transferência da Corte e Sede de Governo para Versailles ocorreu em 6
de Maio 1682 e até à revolução Francesa, Versailles foi centro
administrativo do Reino, albergando não só a família real, mas também
grande parte da Nobreza Francesa, pronta para servir o seu Rei.
Entre 1678 e 1684, o terraço do Castelo foi transformado na Galeria dos
Espelhos, simbolizando o poder do Rei-Sol. A sala mede 73m de
comprimento, 10m de largura e 12,30m de altura e inclui o Salão de
Guerra a Norte e o Salão da Paz a Sul. Setenta janelas iluminam e
proporcionam a vista sobre os jardins, enquanto pilares de mármore verde
decoram as paredes da galeria. Frente às janelas uma série de espelhos
biselados reflectem a vista dos jardins. Quando a galeria foi concluída,
era a mais impressionante utilização de espelho alguma vez feita, uma
vez que era uma tecnologia relativamente recente. Era nesta sala que
nobres e tumultuosos esperavam por ser atendidos pelo rei. Por vezes
para serem atendidos pelo rei tinham de esperar longas horas na galeria
e sentiam-se tão insignificantes e esmagados dentro daquela galeria que
perdiam a pujança com que vinham para protestar contra o rei. A nobreza
dificilmente tecia conspirações e os ecos das revoltas populares eram
quase inaudíveis.
Imagem tirada do site:
http://www.phan-ngoc.com/
Galeria de Espelhos
Durante o reinado de Luís XV, em 1770, o arquitecto Gabriel construiu a
Opera Real de Versailles e remodelou algumas das fachadas do Castelo, do
lado da Cidade criando um novo edifício simétrico.
Dificuldades financeiras e a revolução Francesa pararam com as obras em
Versailles. Em 1837 o Castelo foi transformado em museu de história. As
suas galerias com cerca 18.000 metros quadrados, são desde então um dos
maiores museus do género no mundo, onde a história de França é
retractada em várias pinturas e esculturas .
Actualmente o Castelo de Versalles é um dos maiores do mundo. Com mais
de 2.000 janelas, 700 quartos, 1250 lareiras, 67 escadarias e mais de
700 hectares de parques, que recebem anualmente cerca de 8 milhões de
visitantes.
Imagem tirada do site:
http://www.prestigeinfrance.com
Estátua dos Jardins de Versailles
Imagem tirada do site:
http://www.phan-ngoc.com/
Jardins de Versailles
A vida em Versalhes
Em 1682, viviam na Corte, de cerca de 25000 pessoas, instalou-se no
Palácio, os trabalhos ainda não tinham terminado.
A corte de Versalhes, digna do brilho do Rei-Sol, não era só o local de
distracções e festas da família real. Era, sobretudo, um instrumento
político do despotismo. Concentrada no espaço do palácio, A dignidade
real estava em segurança.
A atmosfera do palácio era sempre bastante confusa, pois as minuciosas
regras de etiqueta dificilmente controlavam a circulação de uma corte
numerosíssima. A vida de todos os habitantes do palácio estava
organizada em função do quotidiano de Sua Majestade Cristianíssima o Rei
Luís XIV de França :
O Horário do Rei e da Nobreza
8.00h » 9.00h- No quarto virado a Nascente e localizado no centro do
palácio, o rei levanta-se. É assistido por médicos, membros da família
real e nobres, num total de pelo menos 100 cortesãos, em 6 grupos
sucessivos, cada um deles de categoria social inferior ao grupo
anterior.
9.00h » 10.00h- O rei trabalha, nos assuntos políticos internos e
externos e recebe embaixadores
10.00h » 11.00h- Dirige-se à capela e reza.
11.00h » 13.00h- Dá instruções aos ministros, recebe embaixadores…
13.00h- Almoço. Almoça sozinho pois ninguém se pode sentar à mesa com
ele exceptuando o irmão. Mas, enquanto come é observado pelos nobres,
que só depois de ele comer é que se sentam à mesa para comer.
14.00h » 17.00h-Passeia nos jardins ou caça juntamente com a nobreza.
17.00h » 18.00h- Reza na capela.
18.00h » 22.00h- Trabalha ou assiste a jogos, dança, música, teatro nos
enormes jardins.
22.00h-Ceia com a família real e os cortesãos.
23.30h-Vai para o quarto, reza e deita-se, terminando assim o dia
daquele que, tal como o Sol, “faz bem em todos os lugares, produzindo
sem cessar a alegria e a acção.”
Horas mais tardias- Por vezes sai do quarto em segredo, encontrando-se
com as amantes residentes no castelo.
Colbert e o Mercantilismo
Para a gestão dos assuntos económicos escolheu Jean-Baptiste Colbert,
Marquês de Louvois, homem de origem não aristocrática, que lhe tinha
sido recomendado por Mazarino.
Imagem tirada do site: sweet.ua.pt/~fmart/lcf2.htm
A grandeza do reino e do país orientaram a acção de Colbert, que
implementou as concepções mercantilistas da época para desenvolver a
economia. Colbert dizia que a riqueza de um país dependia da quantidade
de metais preciosos que este possuía e, que a melhor maneira de o
conseguir era evitando as importações e abusando nas exportações. Sendo
assim, ao longo de toda a França, foram mandadas construir manufacturas
que estavam isentos de impostos e possuíam o monopólio do fabrico, para
que os produtos manufacturados fossem de tal modo que se tivesse de o ir
vender ao estrangeiro.
A isto se deu o nome de nacionalismo económico. Outra medida tomada para
fazer aumentar o tesouro francês foi o aumento das taxas alfandegárias
cobradas sobre os produtos estrangeiros concorrentes. A esta medida foi
dado o nome de proteccionismo. Colbert fez assim fez aumentar
substancialmente o Tesouro de França e permitiu ao rei a construção do
símbolo mais esplenderoso do seu poder, o Palácio de Versalhes. Pelo seu
fausto e imensidão, serviu de modelo a muitos monarcas que o copiaram.
Conclusão
Com este trabalho fiquei a saber:
- melhor a vida de Luís XIV;
- que Luís XIV era um rei com uma maneira de governar absolutista,
influenciada por Mazarin;
- que Luís XIV era considerado Deus na terra e era um católico assumido;
- que Luís XIV tinha várias amantes e todas elas eram obrigadas a
conviver umas com as outras;
- que Luís XIV enquanto reinava gostou muito de fazer guerras;
- que o sucesso do reinado de Luís XIV foi graças ao seu
primeiro-ministro Colbert, que criou as bases do mercantilismo;
- noções de mercantilismo;
- que Luís XIV mandou construir o maior palácio do mundo que dizia ser
proporcional ao seu poder, o Palácio de Versailles;
- que Versailles era um antigo pavilhão de caça;
- que os jardins do palácio têm mais de 700 hectares de área;
- o horário do rei na corte;
- e que o Rei-Sol Luís XIV foi uma figura importante para a história de
França e da humanidade.
Trabalho realizado por:
Pedro Rosário
|
|