JOVENS HISTORIADORES

 

Mitologia Grega



INTRODUÇÃO

Nós Filipe Estrela e Diogo Silva vamos fazer este trabalho baseados em, três deuses olímpianos, dois do Inferno, em que nos dois do Inferno vamos falar do cão do Inferno e também vamos fazer uma pequena introdução que é a seguinte :

A mitologia grega realçava a fraqueza humana em contraste ao grandes e terríveis poderes da natureza. Os Gregos acreditavam que seus deuses, que eram imortais, controlavam todos os aspectos da natureza. Assim os gregos reconheciam que suas vidas eram completamente dependentes da boa vontade dos deuses. Em geral, as relações entre as pessoas e deuses eram consideradas amigáveis. Mas os deuses empregavam castigos severos a mortais que mostravam comportamento inaceitável, tal como o orgulho indulgente, a ambição extrema, ou mesmo a prosperidade excessiva. A mitologia estava interligada a cada aspecto da vida grega. Cada cidade se devotou a um deus particular ou para um grupo de deuses, para quem os cidadãos frequentemente construíam templos de adoração. Em festivais e outras reuniões oficiais, poetas recitavam ou cantavam grandes lendas e histórias. Muitos gregos aprenderam sobre os deuses através das palavras dos poetas. Os gregos também aprendiam sobre os deuses através de diálogos em família, onde a adoração era comum. Partes diferentes dos lares eram dedicadas a certos deuses, e as pessoas ofereciam orações a esses deuses regularmente. Um templo de Zeus, por exemplo, podia ser colocado no pátio da casa, enquanto Héstia era ritualmente honrada dentro do lar. Embora os gregos não tivessem nenhum organização religiosa oficial, eles universalmente honravam certos lugares sagrados. Delfos, por exemplo, era um local sagrado dedicado a Apolo. Um templo construído em Delfos continha um oráculo, de quem os viajantes corajosos interrogavam a cerca do futuro. Um grupo de sacerdotes representava cada um dos locais sagrados. Estes sacerdotes interpretavam as palavras do deus mas não possuíam qualquer conhecimento especial nem poder. Além de orações, os gregos frequentemente ofereciam sacrifícios aos deuses, normalmente de um animal doméstico, como carneiros, por exemplo.



Na Grécia, a mitologia separava-se em quatro partes :

Nos deuses Olimpianos ;
Nos titãs ;
Nos deuses do Inferno ;
E em outros deuses...

Deuses olimpianos : No princípio, conforme as crenças gregas, havia um grande vazio chamado Caos. Do Caos, surgiram os Titãs, dirigidos por Cronos. Zeus, filho de Cronos, chefiou a nova geração de deuses - os Olímpianos - cultuados pelos gregos através da Idade de Ouro de sua história. Aqui estão alguns deuses olímpianos: Afrodite, Apolo, Ares, Arêmis, Atena, Deméter, Hefestos, Hera, Hermes, Héstia, Poseidon, Zeus etc.

Deuses do Inferno : Inferno era o lugar para onde iam e permaneciam as almas após a morte. Situava-se no interior da Terra e era banhado por 5 rios sagrados, Aqueronte, Cocito, Flegetonte, Letes e Estige. Para atingir o inferno, as almas tinham que atravessar o rio Aqueronte, na barca de Caronte. O Portão do Inferno era guardado por Cérbero, um cão de três cabeças. Após o Julgamento feito por Hades e seus 3 juizes, Éaco, Minos e Radamento as almas eram lançadas no Tártaro ou iam para o Campos Eliseos. Aqui estão alguns exemplos do Inferno : Portão do Inferno- Èpiro ; Rios do Inferno- Aqueronte, Cocito, Estige, Flegetonte, Letes ; Cão Infernal- Cérbero ; Senhor do Inferno- Hades ; Juízes do Inferno- Eaco, Minos, Radamento ; Destino- Moiras, Campos Eliseos, Tártaro etc.

Titãs : Os Titãs nasceram a partir dos elementos primordiais, Gaia (terra) e Urano (céu) que nasceram do Caos. Titãs são forças brutais e elementares, nas quais o espiritual é pressentido ainda em estado rudimentar. Foram vencidos pelos olímpicos em gigantesco combate. Fulminados por Zeus foram atirados no Tártaro. Aqui estão alguns Titãs: Clímene, Crio, Cronos, Eurília, Hipérion, Japeto, Mnemósine, Oceano, Réia, Téia, Tenis, Tétis etc
Outros Deuses da Grécia : Na mitologia grega existem muitos deuses. Os que mais se destacavam eram os olímpianos mas também existem outros deuses que se destacavam na sociedade. Aqui estão alguns deuses do quotidiano da Grécia : Atlas, Dionísio, Eo, Eepiteu, Hélio, Oceânidas, Selene, Palas etc.


Deuses Gregos



ZEUS

Dele dependia a ordem e a justiça entre os homens, a fecundidade, mas também a chuva e as trovoadas, com raios, trovões e relâmpagos, que simbolizavam o seu poder. Zelava pelo respeito das hierarquias entre os mortais, como o fazia também entre os deuses, vigiava a hospitalidade no mundo, protegia as famílias, as linhagens e as casas, garantia os casamentos, defendia a lei e os seus códigos reguladores. Protegia a ordem social, como fez quando matou Asclépio, divindade da medicina que ressuscitara alguns mortos, o que podia, segundo Zeus, alterar a ordem do Universo, de que ele era o guardião. Dependia dos Destinos, que interpretava, no entanto. Como fez, por exemplo, quando pesou os destinos de Aquiles e Heitor, sucedendo que o prato deste último terá pendido para o Hades, com Zeus a deixar então seguir-se o curso do destino do herói. Mas também ajudava a determiná-los, pois tinha duas jarras à entrada do seu palácio, uma com o bem e outra com o mal, que distribuía de forma equilibrada. Ainda que, todavia, por vezes usasse apenas uma das jarras, principalmente a do Mal. À parte nas inúmeras aventuras amorosas, Zeus tinha que ter uma postura sóbria e nunca ceder a caprichos, assumindo-se como um deus responsável, pois uma das suas grandes prerrogativas era ser a divindade Providencial. Mas mesmo na paixão alinhou sempre por este diapasão da responsabilidade dos destinos do panteão e do povo gregos.

Foi a partir dos Poemas Homéricos que se definiu a lenda de Zeus, com as suas propriedades e atributos, genealogias e aventuras, a sua figura de deus supremo e poder universal. A evolução da sua personalidade levou mesmo a que entre os filósofos estóicos se considerasse Zeus como o deus único, incarnando o Cosmos, cujo pensamento se traduzia nas leis do mundo.

Como deus Olímpico que era, pertencia à segunda geração divina. Seu pai era um Titã, Cronos, e sua mãe Reia. Como seu pai, foi Zeus também o mais novo da sua linhagem. Cronos, avisado por um oráculo de que um dos seus filhos o destronaria, começou a devorá-los um a um (Poseidon, Hades, Deméter, Hera e Héstia), à medida que nasciam, à excepção do sexto, Zeus. Nascido na penumbra da noite (para uns em Creta, num monte - ou Egeu, ou no Ida ou no Dicte - para outros, na Arcádia) em segredo, acabou por ser salvo por sua mãe, que terá embrulhado uma pedra numas fraldas de criança e oferecido a Cronos, que pensando tratar-se do recém-nascido, logo tratou de devorar o embrulho. Zeus estava salvo, tendo sido criado em Creta, como é apontado por quase todos os seus mitógrafos. Foi amamentado numa gruta da ilha por Amalteia, uma cabra - ou uma ninfa, como muitos defendem, pois o jovem Zeus estivera guardado por ninfas - de que depois Zeus veio a usar a pele, a égide, que muito o protegeu em combates futuros. Para que Cronos não ouvisse o choro da criança, os Curetes dançavam ao som de tambores.

Era já Zeus um adulto, jovem, quando aconselhado por Métis (a Prudência), se lançou na conquista do poder entre os deuses. Com uma droga que Métis lhe deu e que obrigou seu pai a tomar, fez com que este vomitasse os seus irmãos. Com estes, ressuscitados, atacou Cronos, o pai, e os outros Titãs (com excepção de Oceano) iniciando uma luta (Titanomaquia) pelo poder que durou dez anos, tendo Zeus também contado com a ajuda dos Ciclopes e dos Hecatonquiros, todos libertados por ele do Tártaro, local infernal para onde tinham sido enviados por Cronos. Os Ciclopes deram então a Zeus o raio e o trovão, oferecendo também a Hades um elmo mágico que tornava invisível quem o possuísse, e a Poseidon um tridente, que servia para agitar o mar e a terra.

Vencidos, os Titãs abandonam o Céu. Zeus partilhou então o poder com os outros dois vitoriosos, cabendo-lhe o Céu e a supremacia no Universo, a Poseidon o Mar e a Hades os Infernos. Todavia, Geia, a Terra, sabendo que seus filhos, os Titãs, tinham sido aprisionados no fundo do Tártaro, logo impeliu os Gigantes contra Zeus e seus acólitos, iniciando-se nova guerra apocalíptica (dita dos Gigantes, ou Gigantomaquia). Zeus e os Olímpicos uma vez mais saíram vencedores. Mas a sua pior provação ainda estava para vir: a luta contra Tífon, o maior e mais poderoso ser terrestre, que lhe foi danosa e difícil, acabando até por ficar mutilado (o monstro cortara-lhe os tendões dos braços e das pernas) e aprisionado numa gruta pelo monstro. Graças a Hermes e a Pã, contudo, acabou por ser libertado e venceu a peleja, fulminando Tífon com os seus raios e atirando-o para cima do Etna.

Mas se as lutas pelo poder por parte de Zeus são célebres, mais o são as suas uniões, conjugais ou, principalmente, extraconjugais. A sua primeira esposa foi Métis, filha de Oceano, que dele gerou Atena (nascida da cabeça do deus, já armada, depois do deus ter engolido Métis, grávida); depois seguiram-se Témis, uma Titânide (que lhe deu as Horas e as Moiras como filhas), Dione, outra Titânide (da qual teve Afrodite) e Eurímone, também filha do Oceano, (que dele teve as Graças: Aglaia, Eufrósina e Talia). Ainda nas uniões divinas, Zeus desposou também a Titânide Mnemósine (de quem teve as Musas), Latona (ou Leto, que gerou do deus os gémeos Apolo e Artemisa), a sua irmã Deméter (a filha desta união chamava-se Perséfone) e, por fim, a mais célebre das suas esposas, a ciumenta e vingativa Hera, casamento sagrado (no Jardim das Hespérides) da qual teve Ares, Hebe, Ilítia e Hefesto (embora se diga que este era exclusivamente filho de Hera). Esta união seria mais antiga, pré-nupcial, e seria até o grande amor de sempre de Zeus, apesar das suas infidelidades e aventuras. Entre as ligações de Zeus com figuras humanas, que muitas foram, destacam-se Alcmena, de que nasceu Hércules (Héracles, em grego), Dánae (Perseu), Europa (de quem teve Minos e Radamante), Leda (a mãe dos Dióscuros e de Helena), Maia (mãe do deus Hermes), Pluto (de que nasceu Tântalo) ou ainda Sémele (mãe de Dioniso).

Por estas e por muitas outras uniões está Zeus quase sempre na origem de inúmeras linhagens, divinas ou humanas, mas todas de grande influência na mitologia grega. No entanto, as uniões de Zeus com os mortais tinham intenções providenciais, de acordo com as funções sagradas e supremacias de Zeus. Por exemplo, Helena terá nascido para que pudesse desencadear um conflito entre os gregos da Europa e os da Ásia Menor (Tróia), de forma a diminuir a excessiva população em torno do mar Egeu; ou Hércules, que seria o herói de que o Olimpo precisava para libertar a Terra de uma série de monstros e poderes nocivos. Estas uniões despertaram sempre ciúmes e raiva em Hera, a sua esposa; daí, segundo alguns autores tardios, as metamorfoses de Zeus, que serviam para ele se ocultar de Hera e poder ter as suas providenciais uniões extra- matrimoniais.

Muitas são as lendas em que Zeus intervém, desde a sua raiva contra Hefesto, que tornou coxo por o ter atirado do Olimpo abaixo, ou do castigo que infligiu a Prometeu, agrilhoando-o no Cáucaso, para além do Dilúvio para punir a maldade dos homens. Também foi árbitro ou juiz em questões e rivalidades, como entre Afrodite e Perséfone, que se digladiavam pelo belo Adónis, ou entre Hércules e Apolo, que lutavam pela trípode de Delfos.

Na Grécia, era por todo o lado adorado, principalmente em Atenas e Olímpia (onde lhe dedicavam jogos de quatro em quatro anos). Zeus tinha um correspondente em Roma, Júpiter, deus do Dia e protector de Urbe, com templo no Capitólio.


ATENA

Atena era a padroeira da polis de Atenas. Esta cidade tornou-se "sua" a partir do momento em que fez nascer na Acrópole ateniense uma oliveira, símbolo da paz e do progresso, o que agradou aos habitantes, que a escolheram em detrimento do outro deus "concorrente", Poseidon, que fez jorrar uma fonte de água salgada na mesma colina.

Atena nasceu já adulta, com as suas armas e vestida para a guerra. Saiu directamente da cabeça de seu pai, Zeus, que tinha engolido Métis, sua mãe, então grávida da deusa guerreira. Ao nascer, no lago Tritão, na Líbia, terá soltado um grito de guerra que fez tremer os Céus e a Terra. Zeus temia que a criança que estava no ventre de Métis viesse um dia a destroná-lo, como o próprio rei dos deuses fizera a seu pai, Cronos. Zeus sabia, por meio de Urano e de Geia, que iria nascer uma rapariga, mas mesmo assim quis eliminá-la. De facto, os deuses que o avisaram vaticinaram-lhe que essa rapariga, mesmo que não fosse "perigosa", acabaria por gerar um dia um deus homem que se voltaria contra Zeus para lhe retirar o poder no Olimpo.

Hefesto, o deus ferreiro (o Vulcano dos Romanos) colaborou nos trabalhos de parto, pois foi ele que desferiu o golpe de machado na cabeça de Zeus por onde nasceu Atena. Esta era por isso designada muitas vezes por Hefesta, a companheira do deus ferreiro. No entanto, no que respeita a Hefesto uma lenda antiga narra que este deus terá tentado possuir Atena, que tinha ido à sua forja arranjar armas. Hefesto tinha sido abandonado por Afrodite, o que o fez apaixonar-se por Atena mal a viu assomar a sua porta. A deusa, todavia, ciosa da sua virgindade, no momento em que Hefesto a queria possuir, fugiu, sendo perseguida pelo deus, que era coxo. Entretanto, para se salvar de tamanho assédio, e já presa nos braços do deus ferreiro, fez-se desaparecer de repente. O sémen do deus caiu então no chão, gerando a serpente Erícton. Numa versão ligeiramente diferente, narra-se que o sémen de Hefesto terá caído numa perna de Atena, a qual, enojada, se limpou com lã, que depois atirou para o chão, gerando-se depois Erícton. Outra lenda relata que Cécrope, um ser meio mulher, meio serpente, que foi quem primeiro governou Atenas, tinha três filhas que terão recebido de Atena uma caixa, que a deusa proibia expressamente de abrir e ver o seu conteúdo. Mas duas das irmãs acabaram por ver, vencidas pela curiosidade, o conteúdo da caixa, que encerrava, nada mais nada menos, a serpente Erícton, ali fechada por Atena. Por isso, enlouqueceram. Atena tinha tentado tornar Erícton imortal, considerando-o seu filho e criando-o às escondidas dos outros deuses. Por isso guardou-o na caixa que acabou por ser a desgraça das duas jovens filhas de Cécrope.

Mas Atena não deixou de proteger a "sua" cidade. Apesar de entre 480 e 479 a. C os Persas terem atacado a cidade e semeado a destruição, Atenas não deixou de manter uma aura de grandiosidade e de paz, vindo mesmo a construir um império marítimo e comercial importante. Em honra à deusa vitoriosa (Niké, em grego), construiu-se o Parténon, com uma gigantesca estátua dedicada a Atena. Atena era uma das deusas preferidas pelos Gregos para patrono das suas cidades. Ao lado de Atenas, apareciam como suas protegidas as polis de Esparta, Mégara ou Argos, entre as mais conhecidas, para além de Tróia, onde lhe era dedicado um culto muito especial, existindo aí uma estátua sua chamada Paládio. Esta estátua era considerada como a garantia da existência da cidade: se a destruíssem, Tróia ficava à mercê dos seus inimigos. Por isso, Ulisses e Diomedes roubaram a estátua sub-repticiamente, deixando "indefesa" a cidade troiana.

Armada com uma lança e a égide (couraça de pele de cabra), teve igualmente um importante papel na Gigantomaquia (Guerra dos Gigantes), matando Palas e Encélado: ao primeiro esfolou-o, ao segundo, depois de o perseguir até à Sicília, lançou sobre si... a ilha inteira! Depois que Páris lhe recusara o prémio da beleza no monte Ida, a implacável Atena ficou para sempre com um ódio figadal aos Troianos; por isso, apoiou os Aqueus na Guerra de Tróia, favorecendo Ulisses, Diomedes, Aquiles e Menelau. Era uma deusa activa e empreendedora, qualidades que muito agradavam aos Gregos. Ajudou vários heróis como Belerofonte, Jasão, Hércules ou Perseu, bem como Ulisses, a quem ajudou a regressar à sua pátria, Ítaca, vindo de Tróia, onde participara na Guerra. Apareceu várias vezes ao herói disfarçada de humana, ajudando-o a desenvencilhar-se dos perigos que surgiam. Aparecia-lhe também em sonhos, advertindo-o, e ajudou-o, na ilha dos Feaces, a obter um navio.

Também ajudou Hércules, tanto no combate como nos seus Trabalhos. Além de o armar, deu-lhe umas castanholas em bronze com que o herói afugentou os pássaros do lago Estínfalo. Atena matou-os depois com as suas flechas. Hércules, agradecido, ofereceu a Atena as maçãs de oiro das Hespérides. Hércules também combateu os Gigantes ao lado de Atena.

Orestes foi também ajudado por Atena, que o protegeu e fez com que fosse absolvido de um julgamento em Atenas motivado pelo horrível crime que cometera: matricídio. O crime tinha desencadeado uma contenda muito grande, envolvendo as Fúrias, que acabaram no entanto por reconhecer a absolvição de Orestes.

Atena tinha como símbolos uma coruja, a ave sábia, que aparecia assim gravada nas moedas de Atenas, bem como a lança, o elmo e a égide, que possuía em comum com Zeus. No escudo de Atena estava a efígie de uma Górgona que Perseu lhe tinha dado: quem olhasse para aquele rosto medonho, ficaria petrificado. Era grande, de pose majestática, de ar tranquilo e bela, ainda que não tanto como outras divindades. Superintendia ainda à Literatura e às Artes, e com maior destaque à Filosofia sobrepondo-se às Musas. Representava também a Razão, em virtude do auxílio que prestava aos heróis e mortais. Foi também a inventora do carro de guerra e da quadriga, tendo também um papel director sobre as artes da fiação e dos tecidos, das tarefas femininas. Habilidosa e sábia, dirigiu a construção da embarcação Argos, o maior navio até então feito.

Mas se exercia uma grande tutela sobre a guerra, não o deixava de fazer em relação à paz e à concórdia, sendo a deusa da oliveira e do azeite, que terão sido introduzidos na Grécia, de acordo com a tradição, pela deusa. Em sua honra celebravam-se as grandiosas festas Panateneias, principalmente em Atenas, tanto no Parténon como no Erecteion.

Em Roma era identificada como Minerva, a deusa da sabedoria e da ciência.

ARES



Ares habitava na Trácia, região semi-selvagem, de clima rude, rica em cavalos e invadida por povos guerreiros. Segundo a tradição aí habitavam igualmente as Amazonas, suas filhas.

Na Grécia, prestavam-lhe culto em Tebas, onde era considerado como o antepassado dos descendentes de Cadmo; aí possuía uma fonte, guardada por um dragão. Quando Cadmo, para realizar um sacrifício, pretendeu tirar água desta fonte, o dragão tentou impedi-lo, mas Cadmo matou-o. Depois, para expiar este crime, teve de servir Ares como escravo durante oito anos. No fim deste tempo, os deuses casaram Cadmo com Harmonia, filha de Ares e de Afrodite.

A maior parte dos mitos em que participa Ares são mitos relativos à guerra ou relatos de combates. Contudo, este deus não foi sempre um vencedor. Durante a Guerra de Tróia, enquanto combatia ao lado de Heitor, encontrou-se perante Diomedes que imediatamente atacou. Porém, Atena, deusa da guerra e sua grande inimiga, ocultada pelo capacete mágico de Hades, interveio, desviando o golpe de lança de Ares e feriu-o por intermédio de Diomedes. Ares fugiu em seguida para o Olimpo e queixou-se a Zeus que ordenou que o tratassem. Mais tarde, apesar da proibição de Zeus, Ares tentou voltar para o campo de batalha. Atena impediu-o, insultando-o, e, na disputa, o deus da guerra atacou-a com a sua lança, sem a ferir, contudo. E também neste momento, a deusa levou a melhor, conseguindo aturdir Ares com uma pedrada.

Noutra altura, quando Héracles, a caminho de Delfos, foi desafiado por Cicno, filho de Ares, o deus quis protegê-lo e intrometeu-se no combate. Atena, em nome da razão, fez ver a Ares que devia obedecer ao destino, pois estava escrito que Héracles deveria matar Cicno. Ares não fez caso das suas palavras e Atena teve de intervir directamente, desviando a lança do deus. Héracles aproveitou, então, para matar Cicno e ferir na coxa Ares que fugiu vergonhosamente de novo para o Olimpo.

Quando a Amazona Pentesileia, sua filha, foi morta diante de Tróia por Aquiles, Ares quis vingar-se, sem se preocupar com os Destinos. Zeus teve de o deter, lançando-lhe o seu raio.

Noutra ocasião, Ares foi acorrentado, durante treze meses, a um pote de bronze pelos gigantes Aloídas e aí teria morrido se Hermes não tivesse aparecido.

É geralmente a actos de violência que se liga o nome de Ares. Assim, a lenda conta ainda que o filho de Poseidon e da ninfa Êurite, Halirrótio, teria uma dia tentado violar, na Acrópole, em Atenas, Alcipe, a filha que o deus tivera de Aglauro. Ora, Ares surpreendeu-o e matou-o naquele mesmo instante. Poseidon queixou-se a um tribunal formado por deuses do Olimpo e Ares foi julgado junto do mesmo local onde se dera o crime, mas foi absolvido. Em lembrança desse julgamento, a colina passou a chamar-se Areópago ("colina de Ares") e foi ali que passaram a ser julgados os processos criminais.

A lenda atribui também a Ares muitas aventuras amorosas, nomeadamente com a deusa Afrodite, mulher de Hefesto, de quem teve três filhos, Harmonia (que mais tarde será esposa de Cadmo, rei de Tebas) e os gémeos Fobo e Deimo. Esta relação clandestina terminou bruscamente: Hélio, o Sol, que também amava a deusa certa ocasião surpreendeu os amantes e advertiu Hefesto do que se passava. Então, este fabricou uma rede enorme que fixou por cima da sua cama; em seguida fez saber que ia partir para Lemnos. Quando Afrodite, certa noite, recebeu Ares no leito conjugal, a rede caiu sobre eles e prendeu-os. Apareceu logo o marido enganado que insultou os amantes, chamando ainda os outros deuses para que fossem testemunhas daquela vergonha. As deusas afastaram-se delicadamente, mas os deuses acorreram a rir; finalmente, a pedido de Poseidon, Hefesto consentiu em libertá-los se Ares pagasse uma multa. Quanto a Afrodite, esta fugiu para Chipre, enquanto o amante se refugiava na Trácia.

Ares teve ainda filhos das mulheres mortais. Quase todos se tornaram homens violentos, pouco hospitaleiros, atacando os viajantes e matando-os ou entregando-se a outros actos de violência e crueldade, como é o caso dos três filhos que teve de Priene: Cicno, Diomedes da Trácia, cujas éguas devoravam carne humana, e Licáon. Todos eles mortos por Héracles. Outros não passaram de heróis secundários em mitos guerreiros. Atribui-se-lhe também a paternidade de Meleagro e a de Driante, que participou com aquele na caçada de Cálidon.

Como divindade guerreira, o seu animal sagrado era o cavalo; mas consagravam-lhe ainda, segundo as diferentes versões, o cão e o abutre ou o lobo e o peto (espécie de pica-pau), ave profética, cujo grito anunciava chuva para os agricultores. A terça-feira era o seu dia.



HADES





Deus dos mortos. Era filho dos Titãs Cronos e Réia, e irmão de Zeus e Posêidon. Quando os três irmãos dividiram o universo depois de terem deposto seu pai, Cronos, do trono, à Hades foi concedido o mundo subterrâneo. Aí, com sua rainha, Perséfone, que ele havia raptado do mundo superior, determinou o reino dos mortos. Embora fosse um deus impiedoso e severo, o qual não atendia à nenhuma oração ou sacrifício, não era mau. Aliás, era conhecido também como Pluto, senhor dos ricos, porque tanto colheitas como metais preciosas acreditava-se provirem de seu reino inferior. O mundo subterrâneo frequentemente era chamado de Hades. Foi dividido em duas regiões: o Érebo, por onde os mortos passavam imediatamente após a morte, e Tártaro, a região mais profunda, onde os Titãs haviam sido aprisionados. Era um lugar infeliz e sombrio, habitado por formas vagas e sombras, além de ser cuidadosamente guardado por Cérbero, o cão de três cabeças e cauda de dragão. Rios sinistros separavam o mundo subterrâneo do mundo superior, e o velho barqueiro Caronte transportava as almas dos mortos através destas águas. Em algum lugar na escuridão do mundo subterrâneo estava localizado o palácio de Hades. Era representado como um lugar lúgubre, escuro e repleto de portões, repleto de convidados do deus e colocado no meio de campos sombrios uma paisagem assombrosa. Em lendas posteriores o mundo inferior é descrito como o lugar onde os bons são recompensados e os maus são punidos.

CÉRBERO





Cérbero é um imenso cão Dobberman de três cabeças de aparência assustadora, devido principalmente a seu tamanho, forma e feições.

Ele possui olhos vermelhos e brilhantes, orelhas pontudas, pêlo negro com um brilho avermelhado e dentes pontudos e brancos.

Cérbero é um ser mágico e único, que guarda o portal do inferno, mantendo os de fora do lado de fora, e os de dentro do lado de dentro. Ele não tem nenhuma tendência, e só ataca aqueles que quiserem atravessar o portal sem permissão. Quando percebe que vai perder a batalha ele recua e deixa o oponente passar. Quando há um grande perigo de vida, ele se teletransporta para outro lugar.

Cérbero quase não dialoga. Caso o oponente não tenha permissão para entrar ou sair do inferno, ele ataca-o com as duas patas dianteiras e

com as suas três cabeças. Cada cabeça também pode soltar um sopro­- de- dragão. Cérbero pode, também, dar um latido extremamente alto,

fazendo com que todos num raio de cinco metros dele não

passarem num teste de resistência contra paralisação fujam apavorados par um bom tempo. Ele às vezes pode usar algumas magias, como paralisar, sono, teletransporte ou muralha de fogo. E, par último, todos os seus ataques acertam em qualquer criatura, mesmo que esta só possa ser atingida por armas mágicas e/ ou especiais...



Cérbero também pode se regenerar lentamente. Ele só e acertado por armas mágicas e/ ou especiais, e é imune ao fogo comum.

Cérbero e um ser único, mágico, que foi criado por Perséphone e Hades. Ele não faz nada além de proteger o portal para o inferno. Não se sabe quando foi criado, nem o que acontecerá se ele morrer, já que nem se sabe se ele pode morrer.

Cérbero fica no portal do inferno, a entrada principal para o inferno ( podem, é claro, existir outras passagens clandestinas). Não há nenhuma acomodação especial que ele use.



CLIMA/TERRENO: Planos Infernais 8

N° DE ATAQUES: 3 (5)

DANO PORATAQUE: 1D4-1D4, 1D10-1D10-1D10

ATAQUES ESPECIAIS: Ver abaixo

DEFESAS ESPECIAIS: Ver abaixo

PROTECÇÃO À MAGIA: 55%

TAMANHO: Grande

MORAL: 20

VALOR EM XP: 80.000

FREQUÊNCIA: Único

ORGANIZACAO: Solitário

THACO: 8

PERÍODO DE ACTIVIDADE: Ver abaixo

DIETA: Carnívoro

INTELIGÊNCIA: 14

TESOURO: A, H, S, U

TENDÊNCIA: Ordeiro

QUANTIDADE/ENCONTRO: 1

CA: -6

MOVIMENTO: 18

DADOS DE VIDA: 16 + 5


Mitos Gregos

Lá do Olimpo, em uma manhã de primavera, Zeus olhava ociosamente para a terra, quando seus olhos de repente se depararam com um obstáculo encantador. Europa acordara cedo, perturbada, por um sonho. Tratava-se de dois continentes que, sobre forma de duas mulheres, reivindicavam seus direitos sobre ela - a Ásia dizia ser sua mãe, o que transformava Europa em propriedade sua, enquanto a outra, ainda sem nome, declarava que a virgem lhe seria dada por Zeus.

Uma vez, despertada dessa estranha visão que lhe visitara na madrugada, hora em que os mortais costumam ter seus sonhos verdadeiros, Europa resolveu não tentar adormecer de novo; foi, pelo contrário, juntar-se a suas companheiras, todas da mesma idade e de ascendência nobre, e dirigiram-se para os belos prados verdejantes à beira-mar. Era o lugar onde mais gostavam de encontrar-se, fosse para dançar, banhar seus corpos na foz do rio ou colher flores.

Desta vez, sabendo que as flores estavam em pleno desabrochar, todas haviam levado cestos. O de Europa era de ouro, feito por Hefesto, requintadamente gravado com figuras que representam a história de Io.

Enquanto Zeus observava as moças colhendo flores, Afrodite e Eros fizeram uma seta atravessar o coração do deus, que no mesmo instante ficou apaixonado por Europa. Ainda que Hera não estivesse por perto, achou melhor se precaver, e apresentou-se diante da jovem transformado em touro. Não se tratava, porém, de um desses touros que se vêem em qualquer estábulo ou a pastar em qualquer campo; era, antes, o mais belo de todos os touros, de pêlos castanho brilhante, com um círculo prateado na testa e chifres semelhantes à lua crescente. Parecia tão dócil e era tão belo que as jovens não se assustaram com sua aparição, mas juntaram-se ao seu redor para acariciá-lo e aspirar o perfume celestial que dele provinha, um aroma ainda mais doce que o das flores do campo. Foi Europa que ele se aproximou e, quando ela o acariciou suavemente, ouviu-se um mugido mais melodioso que o som arrancado da mais doce flauta.

Em seguida, o touro deitou-se a seus pés, parecendo com isso indicar-lhe que subisse para o seu dorso largo. Europa, então, chamou as suas companheiras para que juntas o montassem.

A sorrir, subiu para o seu dorso, mas as outras, por mais rápidas que fossem, não conseguiram fazer o mesmo. De um salto, o touro lançou-se a toda velocidade em direcção ao mar, sem adentrá-lo, porém, mas prosseguindo em seu caminho por sobre as águas. As ondas serenavam à sua passagem, e das profundezas surgiu todo um cortejo que passou a acompanhá-lo - os estranhos deuses do mar, as Nereidas cavalgando delfins, Tritões fazendo soar seus búzios e até o poderoso Senhor do Mar, irmão de Zeus.

Europa, aterrorizada tanto pelas criaturas maravilhosas que via quanto pelas águas que se agitavam ao seu redor, firmou-se com uma das mãos em um dos grandes chifres do touro, e com a outra ergueu o vertido purpúreo para que o mesmo não se molhasse. Então os ventos enfunaram as dobras de suas vestes como se fosse as velas de um barco, e com enorme delicadeza foram-na levando por sobre as ondas.

Europa começou a pensar que certamente não se encontrava no dorso de um touro, mas no de um deus; suplicou-lhe, então, que dela tivesse piedade, e não a levasse para alguma terra estranha e ali a deixasse só. Ele respondeu-lhe e demonstrou-lhe que estavam certos os pensamentos dela a seu respeito. Nada havia a temer, lhe disse. Era Zeus, o maior do deuses, e tudo que estava fazendo decorria de seu amor por ela. Estava a conduzi-la para sua ilha de Creta, onde sua mãe o escondera de Cronos pouco depois de seu nascimento, e ali desejava que também ela fosse mão de filhos gloriosos cujos cetros venham a dominar todos os homens da terra.

É claro que tudo aconteceu exactamente como Zeus predissera. Creta despontou no horizonte; eles foram para terra, e as Estações, as guardiãs das portas do Olimpo, enfeitaram para a festa nupcial. Seus filhos foram homens famosos, não neste mundo como no outro - onde dois deles, Minos e Radamento, tornaram-se juizes dos mortos como recompensa pela justiça com a qual se conduziram na terra.

Leto, deusa da noite, teve dois filhos com Zeus, Apolo e Ártemis.

Níobe começou a desafiar Leto. Por ser casada e com quatorze filhos, sete meninos e sete meninas, Níobe dizia-se superior a Leto, que só tivera dois. Irritada e humilhada, Leto pediu para que os filhos a vingasse. Com suas flechas, Apolo matou os meninos e Ártemis, as meninas. Níobe desesperada de dor e em prantos, refugiou-se no monte Sípilo, reino de seu pai, onde os deuses a transformaram num rochedo, que, no entanto, continua a derramar lágrimas. Por isso, que do rochedo Níobe, corre uma fonte.

Apolo e Ártemis continuaram a defender sua mãe.
Hera, enciumada, mandou uma grande serpente para destruir Leto. Píton, a serpente, morava no lugar em que Apolo queria construir seu templo, e seu oráculo. Apolo matou a serpente com suas flechas e estabeleceu ali seu oráculo. A sacerdotisa que presidia o oráculo era chamada de Pitonisa



Criação da Humanidade

Os deuses começaram a organizar a Terra, logo depois da separação da Terra, do Céu e do Mar. Organizaram os rios e lagos, levantaram montanhas, escavaram vales, distribuíram fontes, bosques, campos férteis, planícies áridas.

Com o espaço organizado, resolveram habitar a terra com seres vivos. Zeus, Pai dos deuses e da Humanidade, pediu à Prometeu e a seu irmão Epimeteu que criassem a Humanidade.

Epimeteu, cujo nome significa reflexão tardia", era um desmiolado que seguia seus primeiros impulsos e depois mudava de ideia. Antes de criar o homem, concedeu aos animais todos os melhores dons: força, rapidez, coragem, astúcia, pêlos e penas, asas e conchas. Desse modo, não restou nada para os homens, nada para protegê-los, nada que lhes permitisse equipar-se aos animais irracionais.

Tarde demais, Epimeteu arrependeu-se e pediu auxílio ao irmão Prometeu, cujo nome significa "prudência".

Prometeu pensou, pensou muito em como tornar a humanidade superior. Resolveu então dar ao homem uma forma física mais nobre e lhe deu a posição erecta, própria dos deuses e para protecção, deu o fogo que roubou do Sol com uma tocha. Abateu um boi e colocou dentro da pele as partes melhores da carne, dispondo por cima de ambas, como disfarce, as vísceras do animal. Do outro lado, arrumou todos os ossos com muito cuidado, recobrindo-os com toucinho reluzente. Em seguida, pediu a Zeus que escolhesse um deles. Zeus escolheu a parte do toucinho, mas ficou furioso ao ver os ossos habilmente dispostos por baixo. Assim, os humanos ficaram com a melhor parte dos animais, e apenas os ossos e a gordura eram queimados nos altares para os deuses.

As mulheres ainda não existiam. Zeus ficou com tanto rancor da preocupação de Prometeu com a humanidade e decidiu se vingar dos humanos e de Prometeu. Fez então um grande mal para os homens, criando algo de muito doce e encantador para os olhos, que o aspecto de uma jovem tímida e a quem todos os deuses concederam dons - vestes prateadas, um véu com bordados, reluzentes grinaldas de flores e uma coroa de ouro. Irradiava uma beleza e esplendor inigualáveis. Seu nome era Pandora, que significa "a dádiva de todos". Zeus fez com que todos a vissem, e não havia homem ou deus que não deixasse maravilhar. É dela, a primeira mulher, que descende toda a raça das mulheres. Os deuses presentearam-na com uma caixa na qual cada um deles havia colocado algo de nocivo, dizendo que jamais a abrisse. Então enviaram-na para junto de Epimeteu, que, apesar de advertido por Prometeu no sentido de não aceitar nada da parte de Zeus, acolheu-a de bom grado. Pandora, como todas as mulheres, tinha uma curiosidade irrefreável, e tinha de saber o que se escondia dentro da caixa. Um dia, ergueu a tampa, e dali brotaram pragas inumeráveis, tristeza e males para a humanidade. Aterrorizada, Pandora tentou fechar a caixa, mas já era tarde demais. Havia ali, porém, uma coisa boa - a Esperança. Era esse o único bem que se encontrava entre os incontáveis males, um bem que até hoje continua sendo o único conforto da humanidade em momentos difíceis.

Quando Zeus já havia castigado a humanidade, voltou sua atenção ao criador. Passou por cima de sua dívida de gratidão para com Prometeu, que o ajudara a vencer os outros Titãs. Fez com que seus criados, a Força e a Violência, pegassem Prometeu e o levassem para o Cáucaso, onde o prenderam:

"Estarás para sempre condenado a esta intolerável prisão,

E não nasceu ainda aquele que virá te libertar.

Eis aí a recompensa pelo teu amor pela humanidade.

Tu, que és um deus, não temeste a ira do Deus,

E concedeste aos mortais honras que lhes são vedadas.

Portanto, terás de ser o guardião deste sombrio rochedo,

E o farás sem descanso, sem dormir, eternamente.

Tua fala serão gemidos, tuas palavras nada mais que lamentos."



Zeus queria também que ele revelasse um segredo de enorme importância para o senhor do Olimpo, pois sabia que o Destino, que determina todas as coisas, havia decretado que um de seus filhos viria um dia a destroná-lo e a expulsar os deuses do Olimpo. Prometeu era o único a saber quem seria a mãe de tal filho,e, quando já estava preso à rocha e mergulhado na agonia, Zeus enviou-lhe seu mensageiro, Hermes, com a finalidade de obrigá-lo a revelar o segredo. Prometeu então respondeu-lhe:

"Vai, e tenta convencer a onda do mar a não rebentar.

Será igualmente difícil convencer-me a falar."

Hermes advertiu-o que se persistisse em seu silêncio obstinado, seus sofrimentos seriam ainda mais terríveis.

"Uma águia que jamais se farta de sangue

Surgirá, qual comensal imprevisto no teu banquete.

Dia após dia, dilacerar-te-á o corpo,

Fazendo de teu fígado negro um sangrento festim."

Mas não havia nada, ameaça ou tortura, que conseguisse dobrar Prometeu. Seu corpo estava acorrentado, mas o espírito estava livre. Recusava submeter-se à tirania e à crueldade. Sabia que tinha sido leal a Zeus e que agira bem ao apiedar-se dos mortais, em seu desamparo. Seu sofrimento era profundamente injusto, e não cederia diante de um poder brutal, fosse qual fosse o preço a pagar.



Conclusão

Nós Filipe Estrela e Diogo Silva, concluímos que a sociedade Ateniense não consegue praticamente viver sem os Deuses Gregos.

Também concluímos que a constituição dos Deuses Gregos, por exemplo se um não existisse os outros também não.




Bibliografia

Diciopédia 2003


Filipe Estrela, Diogo Silva, 7ºC