Um fim de semana agitado

          Certo dia, um rapaz muito destemido, que gostava muito de aventuras, resolveu convidar os seus três amigos para passarem o fim-de-semana na casa de campo que tinha.

            Esses amigos eram três: o Ricardo, a Sofia e a Maria. Mas o rapaz que os convidou chama-se António, embora os seus amigos, o tratem por Toni. Combinaram, então, encontrarem-se na estação de autocarros por volta das sete da manhã. Era um grande sacrifício para eles, mas como os esperava um fim-de-semana cheio de agitação foram todos muito pontuais. Cá para mim, até foram pontuais a mais. Lá seguiram viagem estrada a fora, e, após duas horas de caminho chegaram ao tão desejado destino.

            A casa era grande, e tinha um grande terraço nas traseiras. Era branca e tinha uma varanda para a frente e outra para trás. O problema é que só existiam três quartos.

            Eles, após uma breve reunião sobre aquele assunto, decidiram ficar dois em cada quarto, deixando o outro livre. Sofia e Maria foram as primeiras a escolher o quarto, tendo os rapazes ficado com o mais pequeno.

            Passada esta etapa, agora o problema foi  a comida. Toni disponibilizou-se logo para ir comprar comida à cidade, mas como os outros não queriam ficar em casa foram todos juntos.

            Na chegada a casa, ouviram algo de muito estranho nas traseiras e correram logo naquela direcção para ver o que se passava. Quando chegaram ao sítio onde tinham ouvindo os barulhos, deram de caras com um rapaz dos seus catorze anos muito assustado e eles perguntaram-lhe:

            - O que estás aqui a fazer?

            - Estou aqui porque não tenho casa e, como nunca vejo ninguém nesta casa, pensei que podia vir cá dormir.

            Toni, quando chegou a casa, bem  reparou que o chão estava sujo com restos de comida e cobertores fora do lugar, mas não tinha ligado. Pensava que os seus pais tinham alugado a casa uns dias antes, ou coisa do género.

            Mas o grupo, como eram boas pessoas, deixaram o rapaz entrar e passar o fim-de-semana com eles.

            Os quatro amigos, e o outro rapaz desconhecido, que se chamava Edgar, comeram, comeram, comeram até não lhes apetecer mais, pois tinham comprado comida com fartura.

            Ao fim do dia, quando se foram deitar, ouviram barulhos estranhos no sótão, e o Toni e o Edgar foram lá, pois o Ricardo estava a dormir ferrado.

            Mas a Sofia e a Maria, com abanão de um lado e abanão do outro, lá conseguiram acordar o Ricardo.

            No caminho para o sótão, houve muitos obstáculos, desde a falta de um ou outro degrau até à falta de iluminação.

            Quem estava afinal no sótão eram dois ladrões, não muito cuidadosos, que, quando se aperceberam que estavam a ser descobertos, fizeram muito barulho a abrir as janelas para tentar fugir. Ao ouvir aquele barulho, o Edgar gritou para as raparigas e para Ricardo irem para as traseiras e apanhar os ladrões.

            Eles foram logo a correr e, com o valente murro do Ricardo no homem e com pontapés nas canelas à mulher, por parte das raparigas, deixaram os ladrões sem se poderem mexer de tanta dor.

            Edgar foi a correr até à cidade para chamar a polícia, tendo levado os criminosos para a esquadra.

            No dia seguinte, o grupo de amigos teve ir prestar declarações à esquadra e vieram a saber que o que queriam roubar era umas madeiras raras que havia naquele sótão.

            Com estas coisas todas, acabou muito depressa o fim-de-semana, tendo sido um enorme sacrifício despedirem-se uns dos outros, parecendo que eram amigos de longa data.

 

 

 
 

Tiago Pires, 7ºE.

 
  Colégio Vasco da Gama  
     
 

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