Viagem
pelas estrelas

Estava uma linda noite de Verão. No céu, as estrelas
cintilavam, de tal forma que mais pareciam estar a
dançar umas com as outras. Ninguém podia deixar de ficar
admirado com aquele espectáculo.
Rui nunca perdia um espectáculo destes,
passava horas a fio agarrado ao seu telescópio, a
observar todos os astros que conseguia apanhar.
Nesta altura, o tempo deixava de existir
para ele. Apenas ele e um desejo muito forte, o de poder
estar perto daquelas estrelas tão cintilantes ou de
tocar numa pontinha da lua tão prateada.
Quantas vezes Rui já tinha imaginado essa
viagem pelo universo dos planetas, das estrelas. ..
De repente Rui sentiu que conseguia fazer
essa viagem. Experimentou, não sabia explicar como, mas
conseguia viajar livremente pelas estrelas.
Quase lhes podia tocar, tão perto delas passava. O espectáculo era maravilhoso, quase
impossível de descrever e confirmou aquilo que sempre
suspeitou: afinal as estrelas eram feitas de ouro do
mais puro que podia haver.
Não se cansou de passear por entre todas as
estrelas do universo. Davam-lhe uma sensação de calma,
de uma enorme força, que o fazia sentir-se muito bem.
Não se esqueceu de passar pela lua prateada,
que parecia estar pronta para dormir.
Parecia que lhe sorria, quando passava junto
dela.
Experimentou uma sensação de imensa
felicidade, por poder estar ali, ao lado de tudo aquilo
que mais admirava.
Uma sensação de muita paz inundou-o.
De repente, uma luz forte impedia-o de abrir
os olhos, ofuscando-o.
O barulho de alguém a chamar trouxe-o de
novo à realidade. Afinal de contas estava no seu quarto,
na cama, estava na hora da escola, mas de uma coisa
tinha a certeza, o seu passeio daquela noite tinha sido
bem real, tinha estado realmente naqueles locais.
“A alma
sem imaginação é o que seria um observatório sem
telescópio.”
H.W.
Beecher
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