UM
CONSÍLIO DOS DEUSES NO INÍCIO DO SÉC. XXI
Já os portugueses sorriam descansados Quando o Bush todo-poderoso Convoca os países aliados E pede ao mais corajoso Que lhe empreste os seus soldados Na guerra contra o iraquiano maldoso ; Logo se levanta o Durãozinho Oferecendo o seu “querido” Zé Povinho . Quando lá no Olimpo consagrado Reúnem os Deuses e os imortais Para decidir o destino malfadado Desta guerra dos mortais . Estava Júpiter no seu trono sentado Olhando de frente os demais Com gesto alto e severo , impondo ordem e respeito Deu a palavra a quem tinha direito . Prontamente Marte se levantou Para dar a sua honrada opinião : “ Caro Júpiter , respeitosamente aqui estou Nesta mui grande e divina reunião . Aqui me vês , defendendo o que sou , Deus da guerra , Senhor da destruição . Declaro-me a favor de um ataque E da guerra entre os Estados Unidos e o Iraque . “ Sustentava contra ele a deusa do amor , Que defendia a paz mundial . Era Vénus que , sem temor , Se erguia e defendia Portugal Contestando o seu opositor E promovendo um diálogo fraternal , Para desta guerra tentar afastar O povo Luso , que é quem por ela vai pagar . Depois de expostos tais argumentos Os olhos de Marte lacrimejaram de emoção Pois lembrou-se de mui profundos sentimentos : Vénus , a sua grande paixão Que durava desde o início dos tempos . E alterou assim a sua opinião ; Foi para junto de Vénus bela E sussurou algo no ouvido dela . E tendo Júpiter ali em frente Dois deuses juntinhos , a namorar Decidiu rápida e mui acertadamente Que , na terra , ninguém se iria atacar : Iam todos reunir-se alegremente , Para beber , comer e festejar Uma guerra que nem sequer aconteceu , Pois não saiu do Olimpo , lá no céu . E mandou Mercúrio , o mensageiro , Descer à Terra , a correr Para dizer ao mundo inteiro Que nenhuma guerra iria acontecer , Graças a Cupido e ao seu arco certeiro Que uma flecha de amor pelo Mundo fez correr . E não foram só Vénus e Marte afectados : É que , agora , Bush e Saddam estão também enamorados .
João Pedro Costa Nunes 9º A , nº 15
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