Unidade 6 – Reprodução
6.2.2.
Reprodução sexuada e variabilidade
A união dos gametas é um processo aleatório o que contribui para um aumento de variabilidade genética dos descendentes.
A meiose é importantíssima para a reprodução, pois é ela que conduz a formação das células sexuais mas a fecundação é também muito importante na reprodução, pois é através desta que os seres repõem a quantidade de cromossomas da espécie.
A meiose, permite, como já foi referido, a existência de células haplóides. No mecanismo de reprodução sexuada, os gametas (células sexuais, haplóides), fundem-se, ocorre a fecundação e a formação do ovo ou zigoto que é uma célula diplóide, resultante da combinação da informação genética da parte materna e da paterna.
Interpretando o gráfico: Na interfase há duplicação de DNA, nomeadamente em S. Na meiose, a quantidade de DNA é reduzida para metade na anáfase I e na meiose II, volta a reduzir para metade na anáfase II.
A união dos gametas, já referido, é um processo aleatório, facto este que contribui para a variabilidade genética da descendência.
O Crossing -over permite uma recombinação intracromossómica. Na prófase I, fase onde ocorre este fenómenos, os cromossomas vindos dos progenitores podem recombinar-se (recombinação entre cromatídeos não-irmãos). Este fenómeno é também responsável pela variabilidade genética.
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Na metáfase I os cromossomas bivalentes orientam-se na zona equatorial aleatoriamente e é nesta posição que eles vão ascender aos polos.
METÁFASE I
Na Anáfase com a separação dos cromatídeos-irmãos e a disseminação aleatória pelos polos, há também hipóteses de diversidade genética.
ANÁFASE II
Todos estes factos faz com que a MEIOSE seja o fenómenos responsável pela diversidade, e que por sua vez irá permitir melhores adaptações às condições adversas do meio, ao contrário do que sucede com a reprodução assexuada em que só existe mitoses.
VANTAGENS E DESVANTAGENS DA REPRODUÇÃO ASSEXUADA versus SEXUADA
Reprodução Assexuada |
Reprodução Sexuada |
vantagens |
vantagens |
Formação de clones, Colonização de ambientes isolados , Rápida produção de descendentes e sem gasto de energia na produção de gametas. |
Diversidade biológica (variabilidade de características), Maior capacidade de resistência a mudanças nas condições ambientais, Favorece a evolução das espécies. |
desvantagens |
desvantagens |
Não há praticamente diversidade ao nível das características, Difícil adaptação a mudanças ambientais. Não favorece a evolução das espécies. |
Lenta produção de descendentes, Grande dispêndio de energia na produção de gametas e na fecundação.
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Principais diferenças entre a Mitose e Meiose
Mitose |
Meiose |
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Após replicação de DNA ocorre uma divisão nuclear e uma divisão citoplasmática |
Após replicação do DNA ocorrem duas divisões nucleares e duas citoplasmáticas. |
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Uma célula-mãe produz duas células-filhas, geneticamente idênticas entre si e à célula-mãe. |
Uma célula-mãe produz quatro células-filhas, diferentes entre si e a célula-mãe. |
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O número de cromossomas das células-filhas é o mesmo que da célula –mãe. |
O número de cromossomas das células-filhas é metade dos da célula-mãe. |
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Os cromossomas não entram em sinapse. |
Os cromossomas entram em sinapse |
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Não existe permutação entre cromossomas homólogos |
Existe permutação entre cromossomas homólogos |
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Não há formação de quiasmas entre os cromossomas homólogos, não ocorrendo o Crossing-over. |
Há formação de quiasmas entre os cromossomas homólogos, ocorrendo o Crossing-over. |
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As células-filhas podem sofrer outras mitoses subsequentes. |
As células-filhas não sofrem outras meioses subsequentes. |
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Em cada ciclo formam-se duas células haploides se a progenitora for haploide ou diploides se a célula que lhes deu origem for diploide. |
Em cada ciclo formam-se 4 células haploides. |
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Os centrómeros dividem-se longitudinalmente na anáfase |
Os centrómeros dividem-se longitudinalmente na anáfase |
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Ocorre em células somáticas |
Ocorre em células germinativas, em células-mãe de esporos e no zigoto de algas e fungos |
Estratégias na reprodução sexuada
A reprodução sexuada implica a formação de células haploides e a sua subsequente fusão, fecundação.
O objetivo da meiose é a formação dos gametas e ocorre em órgãos especializados denominados gametângios nas plantas, fungos e muitos protistas e gónadas, nos animais.
Nos animais as gónadas são os ovários que produzem os gametas femininos, os óvulos através de meiose e os testículos que produzem os espermatozoides, também através de meiose.
Nas plantas, raramente os gametas são produzidos por meiose, a meiose nestes seres origina os esporos e os órgãos especializados são os esporângios. Os gametas das plantas são originados por processos de mitose e os femininos são as oosferas formados nos arquegónios e os masculinos são os anterozoides, formados nos anterídios. Os arquegónios e os anterozoides são os gametângios (órgãos de formação de gametas) das plantas.
Alguns seres podem ser hermafroditas, produzem os dois tipos de gametas (feminino e masculino).
Nalguns hermafroditas é possível a autofecundação, e reparem que continua a ser reprodução sexuada dado que existem gametas femininos e masculinos, noutros seres não é possível, precisando de um parceiro para a fecundação e em que no caso dos animais é uma dupla fecundação, ou seja, cada um dos seres utiliza os gametas masculinos e femininos, os masculinos irão fecundar os femininos do outro ser e os gametas masculinos irão fecundar os gametas femininos.
O sincronismo na produção de gametas e a própria fecundação são fundamentais para a reprodução e podem depender de fatores ambientais e, no caso animal relativamente à produção de gametas, de fatores sociais ( fase de acasalamento-namoro).
Dependendo do habitat a reprodução pode ser externa (ambientes e seres aquáticos) e interna (ambientes terrestres). Na reprodução externa a quantidade de gametas enviados para o meio é enorme uma vez que a probabilidade de um gameta feminino se encontrar com um masculino é reduzida. Na reprodução interna houve necessidade de ser criado um órgão que fosse capaz de depositar o gameta no individuo do sexo oposto, e foi então, criado o pénis nos animais e o tubo polínico nas plantas mais evoluídas.
adaptado de http://www.imagui.com/a/partes-de-la-flor-esquema-ikebpzGe5
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O androceu é a parte
masculina da planta e o gineceu a parte feminina. O tubo polínico assegura o depósito dos gametas masculinos (anterozóides) próximos dos femininos (oosfera). |