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CRISTIANISMO Protestante
“De mim
podes esperar tudo menos a fuga ou a retractação”.
Martinho Lutero
Em 1520, Martinho Lutero, antigo monge do Convento dos
Agostinhos em Erfurt, foi excomungado pelo papa Leão X (bula
Exsurge Domine). Queimano a bula, Lutero assumiu a ruptura
com o catolicismo e a defesa da aproximação ao cristianismo
primitivo.
No séc. XVI, o alargamento do poder temporal do papa e a
ingerência da Igreja nos assuntos seculares fizeram surgir,
em vários países, críticas contra a desregrada actuação do
clero católico. Estas críticas geraram um movimento
reformista que pretendia corrigir a corrupção, opulência e
conduzir a igreja aos seus fundamentos doutrinários.
O reformista Lutero defendeu a fé como elemento fundamental
da salvação do indivíduo; negou o primado da papa; traduziu
o Novo Testamento para alemão, permitindo que um maior
número de fiéis o lessem; aboliu: o culto dos santos e
Virgem Maria, o jejum, o celibato, cinco sacramentos
católicos (confissão, crisma, matrimónio, ordens sagradas,
unção dos doentes) e condenou a venda de indulgências pela
Igreja. As indulgências, que a troco de dinheiro prometiam a
entrada no Céu, foram usadas por vários papas para suportar
os seus gastos sumptuários, Leão X usou-as para construir a
Basílica de S. Pedro. As acções protestantes e evangélicas
de Lutero foram consideradas heréticas e a sua excomunhão
deu origem a uma nova igreja cristã, a Igreja Luterana.
Noutros países, o protestantismo luterano seguiu diferentes
correntes teológicas e delas nasceram novas igrejas cristãs:
Presbiteriana, Episcopal Anglicana, Baptista e Metodista.
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