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“Esta é a
Minha aliança, que guardareis entre Mim e vós.”
Torá, Génesis
O judaismo, a mais antiga das três religiões monoteístas,
forneceu os fundamentos teológicos às outras (cristianismo,
islamismo). Os princípios filosóficos, culturais, religiosos
e éticos desta religião guiaram e condicionaram a história
dos judeus.
Deus, omnipotente (todo-poderoso), omnisciente (tudo sabe) e
omnipresente (está em todo o lugar) escolheu o povo judeu
para participar numa aliança e para que ele sirva de luz às
nações.
Em 1800 a.C. uma tribo semita migrou da cidade de Ur, na
Mesopotâmia (actual Iraque) para Canaã (actual Palestina).
Foram conduzidos por Abraão, que tinha recebido indicações
de Deus para que abandonasse o politeísmo e conduzisse o seu
povo para a Terra Prometida. Na Palestina, Jacob, seu neto,
teve doze filhos que deram origem às doze tribos que
formavam o povo judeu.
Em 1700 a.C., problemas de subsistência forçaram a migração
dos judeus para o Egipto, onde foram escravizados pelos
faraós. A fuga deste cativeiro foi conduzida, 400 anos mais
tarde , por Moisés. Este, no Monte Sinai, recebeu de Deus as
Tábuas dos Dez Mandamentos.
Os cinco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio)
livros de Moisés (Pentateuco) constituem a “Torá”, livro
sagrado do judaísmo. A palavra “Torá” é hebraica e significa
lei ou instrução. Além da Torá, os judeus seguem os
ensinamentos do Talmude: setenta e três livros, escritos
pelos antigos rabis, que versam temas legais, éticos e
históricos.
Reinstalados na Palestina, os judeus fizeram da cidade de
Jerusalém o seu mais importante centro religioso. Após o
reinado de Salomão, em 931 a.C., as doze tribos dividiram-se
em dois reinos: Israel e Judá. Neste período surgiu a crença
na vinda de um messias que unificaria os dois reinos e
reestruturaria o poder de Deus sobre os homens.
Divididos, os dois reinos judeus foram conquistados pelo
imperador da Babilónia
(Nabucodonoso) em 578 a.C. O grande templo construído pelo
rei Salomão, em Jerusalém, foi destruído e a população
judaica foi deportada.
“Coro
dos escravos” da ópera
Nabuco
Quarenta e oito anos depois, os judeus regressaram à
Palestina que foi incorporada no império romano em 63 a.C..
A cidade de Jerusalém voltou a ser destruída e os judeus
espalharam-se no mundo romano e no novo mundo, a partir do
séc. XV.
De 1933 a 1945 a Alemanha nazi exterminou seis milhões de
judeus e em 1948 as Nações Unidas criaram o Estado de
Israel.
Actualmente, os cultos judaicos, realizados em sinagogas e
presididos por
rabinos, são praticados em várias regiões do mundo e têm
como festas religiosas principais: Pessach (Páscoa que
comemora a libertação do Egipto); Rosh Hashana (ano novo
judaico); Yom Kipur (dia do perdão).
O culto judaico é também observado nos lares, pois os judeus
consideram a família a fonte principal do seu culto.
O sábado é o dia de descanso
dedicado à contemplação espiritual.
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