DEMOCRACIA AGRILHOADA |
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ESPANHA
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A autoridade que não se exerce, perde-se. Sal |
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O restabelecimento deste princípio de autoridade, esquecido nos últimos anos, exige, forçosamente, que os castigos sejam exemplares, quer na seriedade com que se impõem, quer na rapidez com que se levam a cabo, sem oscilações nem vacilações. Francisco Franco Bahamonde
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Na sequência da grande depressão (1929), agravou-se em Espanha a crise económica e social. As tentativas autonómicas de várias regiões (País Basco, Catalunha, Galiza) contribuíam para o agravar da crise. A 14 de Abril de 1931 o rei Afonso XIII abdicou e foi proclamada a II República espanhola. O regime republicano não resolveu as dificuldades do país e, nas eleições de 1936, a Frente Popular (coligação de radicais, socialistas, anarquistas e comunistas) assumiu o poder. Poucos meses depois, o general Francisco Franco liderou uma sublevação militar (17 de Julho de 1936) que desencadeou uma sangrenta Guerra Civil. Ao longo de três anos e com um saldo de 330 a 405 mil mortos, enfrentaram-se duas Espanhas: de um lado os republicanos apoiados pela Internacional Comunista , pela URSS e pelas Brigadas Internacionais; no campo oposto, os nacionalistas apoiados por Mussolini e Hitler. Depois de três anos de violentos confrontos militares, em 1 de Abril de 1939, Franco declarou o fim da guerra e iniciou a construção de um regime autoritário, de tipo fascista.
A ditadura franquista teve um carácter pessoal, sem um corpo ideológico claramente definido, pois Franco era mais militar que político. Tendo assumido o título de “caudillo” de Espanha (1947), apoiou-se no exército e na Igreja para governar o país. A Falange era o único partido político autorizado e defendia a política de uma “Espanha grande e livre”, tendo subjacente a ideia de império.
As organizações de enquadramento de massas tiveram, também, papel fundamental na organização do regime: sindicatos verticais (SEU); secções femininas; organizações juvenis (OJE). Apesar de não ter participado na 2ª Guerra Mundial, recebeu dos EUA, em 1950, um crédito de 62,5 milhões de dólares que possibilitou o desenvolvimento económico do país. O regime franquista, dadas as suas características de cunho pessoal, não sobreviveu à morte de Franco, em 20 de Novembro de 1975.
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