Protecção e Conservação da Natureza

Do resultado da actividade humana, temos posto em perigo várias espécies vegetais e animais na Terra, temos ameaçado ecossistemas e influenciado a extinção das espécies com a destruição dos seus habitats naturais.

 

PRESERVAÇÃO DA NATUREZA - TERRA, PLANETA VIVO

 

O homem, como qualquer outro animal, depende directamente de outros seres vivos para sobreviver, destruindo o que a natureza lhe oferece, põe em perigo a nossa sobrevivência.

Com o crescimento exponencial das populações, os lugares ocupados por outros seres vivos tiveram que dar lugar à construção humana, o que implica necessariamente, a destruição de ecossistemas, o maior aumento de uso de recursos naturais e por sua vez, uma maior produção de resíduos.

A introdução de espécies exóticas, a super exploração dos recursos biológicos, a desflorestação intensiva, o nível elevado do dióxido de carbono lançado para a nossa atmosfera a partir da poluição que geramos com a consequente diminuição da camada de ozono, são alguns exemplos da má conduta humana, nesta Terra que herdamos em conjunto com todos os outros seres vivos que a habitam.

O homem, é apenas uma espécie na numerosa biodiversidade, contudo tem-se mostrado o maior "predador" deste planeta. Felizmente, as últimas gerações têm tomado uma maior consciência sobre a importância da conservação da natureza e alguma coisa tem sido feita, maior consciencialização no tratamento dos nossos resíduos (lixo, esgotos, etc), ao nível de criação de lugares onde se preserva património biológico e geológico (parques e reservas naturais) e ainda no grande esforço da conservação de espécies em vias de extinção .

Extinção e conservação das espécies

O aumento da população humana com a crescente ocupação dos espaços ocupados por outras espécies, a super exploração biológica (agricultura e pescas), a poluição que geramos e que altera as condições climáticas e a introdução de espécies exóticas (responsáveis pela extinção de muitas espécies autóctones), tem sido factores preponderantes nas extinções das espécies. É verdade que a natureza, no seu ciclo natural, tem originado novas espécies eliminando as espécies menos adaptadas (selecção natural), quanto a essas nada ou pouco podemos fazer, é a evolução, o que não podemos fazer é acelerar este processo com a nossa actividade. Não podemos esquecer que somos um produto da selecção natural mas também nos iremos extinguir. É preciso tomar consciência que ou mudamos de atitude perante a natureza ou a nossa extinção está mais breve do que esperamos.

 

Para se classificar as espécies em função do risco de extinção a UNIÃO INTERNACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA definiu categorias para a taxa de declínio: CRITICAMENTE EM PERIGO, EM PERIGO, VULNERÁVEL.

DECLÍNIO - diz-se de uma espécie em que a taxa de mortalidade é superior à taxa de natalidade. Se este declínio se mantiver dá-se a EXTINÇÃO da espécie.

Para recuperarmos as espécies é necessário reverter o que as levou ao declínio, criando áreas de protecção. Para que isto seja possível é necessário conhecer os factores que levou a espécie a estar em perigo e intervir para reverter esses factores, como recriar o habitat, removendo do local tudo o que lhe é desfavorável, proibir a caças  e pescas (ecossistemas aquáticos), controle de predadores, remover as espécies introduzidas exóticas, introduzir espécies criadas em cativeiro para aumentar a população, etc. 

Para preservar a biodiversidade biológica e geológica têm sido criadas Áreas protegidas.

 

          

 

-PARQUES NACIONAIS- São áreas com ecossistemas inalterados , ou pouco intervencionados pelo homem. São paisagens naturais com interesse ecológico e científico.

Portugal tem apenas um Parque Natural, o da Peneda do Gerês.

ver [http://www.panparks.org/visit/our_parks/ Parques Naturais Europeus]

 

-PARQUES NATURAIS-São áreas com paisagens naturais, semi-naturais e humanizadas.

Portugal tem 14 destes Parques

Montesinho, Douro Internacional, Litoral Norte, Alvão, Serra da Estrela, Tejo Internacional, Serra de Aires e Candeeiros, Sintra - Cascais, Arrábida, São Mamede, Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, Vale do Guadiana, Ria Formosa, Madeira.

 

RESERVAS

-Reservas Naturais -  destinam-se à preservação da fauna e flora.

Dunas de São Vicente, Serra da Malcata, Paul de Arzila, Berlengas, Paul Boquilobo, Estuário do Tejo, Estuário do Sado, Lagoas de Sancha e de Santo André, Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António, Ilhas Selvagens (Madeira), Pico (Açores) e Vulcão dos Capelinhos (Açores).

- Reservas Integrais - são zonas de protecção total (Zonas totalmente inalteradas).

- Reservas Marinhas- Asseguram a biodiversidade marinha

Berlengas, Arrábida e Costa Alentejana, Ilhas Desertas (Madeira) , Ilhas de Santa Maria, S.Miguel, S. Jorge e Faial (Açores).

 

PAISAGEM PROTEGIDA-  Áreas de interesse local e regional em harmonia com o homem, paisagens naturais, semi-naturais e humanizadas.

Serra do Açor, Arriba Fóssil da Costa da Caparica, Serra de Montejunto, Lagoa das Sete Cidades (Açores).

SÍTIO CLASSIFICADO - Pequena área de interesse cultural, científico e estético

Exemplos: Campos de Lapiás de Negrais e Granja dos Serrões, Rocha da Pena

 

Quinta de Regaleira

MONUMENTO NATURAL - São ocorrências específicas num determinado local que pela sua raridade, beleza, importância científica e cultural, exigem a sua protecção na totalidade.

Ex: pegadas de dinossauro- Pedreira da galinha (Fátima), Carenque (Queluz), Pedra da Mua e de Lagosteiros (Cabo Espichel)

É pena que as pegadas da Praia Grande não tenham tido a atenção necessária do ICN, no sentido de proteger estas  pegadas.

 

[ver http://www2.ufp.pt/units/geonucleo/parques/parques.htm]